Vídeo: Bolsonarista interrompe leitura da carta pela democracia, em Ribeirão Preto

Leitura da carta

Um apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL) interrompeu a leitura da carta em defesa da democracia, no início da tarde desta quinta-feira, 11, na Universidade São Paulo (USP) de Ribeirão Preto. Em um vídeo que circula nas redes sociais é possível ver o manifestante em frente ao palco, segurando uma placa.

O ato foi vaiado pela plateia que acompanhava a leitura da Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em Defesa do Estado Democrático de Direito neste 11 de agosto. O homem, que não foi identificado, foi retirado do local por organizadores do evento. A USP ainda não se manifestou a respeito do ocorrido.

Vídeo: 

Carta pela democracia e atos pelo Brasil agitam a quinta-feira, 11

Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em Defesa do Estado Democrático está sendo lida, na manhã desta quinta-feira, 11, na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), na capital do estado. Diversos intelectuais, economistas, empresários e sindicalistas defendem a democracia e eleições durante o ato.

O documento, intitulado Carta às Brasileiras e aos Brasileiros defesa do Estado Democrático de Direito, foi lançado depois de seguidos ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL) contra as urnas eletrônicas e o sistema eleitoral brasileiro, e ganhou apoio em 26 de julho deste ano.

Até o momento ela conta com 925 mil assinaturas. Entre os signatários estão políticos, entidades sindicais, empresários, professores, artistas e demais cidadãos.

Mais cedo, durante o evento, o ex-ministro da Justiça José Carlos Dias, leu um manifesto ”Em Defesa da Democracia e da Justiça”, no salão nobre da faculdade.

”Hoje é um outro momento grandioso, eu diria que inédito porque o capital e trabalho se juntam em defesa da democracia.” disse o ex-ministro.

O evento foi aberto pelo professor Carlos Gilberto Carlotti Júnior, reitor da USP, destacou as perdas sofridas pela universidade durante o período de repressão e manifestos a favor do Estado Democrático. “Nós, da USP, perdemos vidas preciosas durante um período de exceção, as cicatrizes ainda são visíveis, vidas que foram ceifadas pela repressão ou livre pensamento. Nesse período, perdemos 47 pessoas que eram parte de nossa comunidade, nós não esquecemos e não esqueceremos. Aqueles que rejeitam e agridem a democracia não protegem o saber, a ciência, o pensamento e não amam a universidade”, falou o professor.

Enquanto ocorria a manifestação no Salão Nobre da Faculdade de Direito, manifestantes gritavam do lado de fora no Largo São Francisco.

Atos pela democracia em 11 de agosto

Os atos que manifestam pelo Estado Democrático acontecem em diversos cidades do Brasil, nesta quinta-feira, 11.

Em São Paulo, manifestantes se reúnem em frente ao Museu de Arte de São Paulo Assis Chatesubriand (MASP), na Avenida Paulista. Além disso, cidades do interior paulista, como Campinas e Ribeiro Preto, também realizam atos.

Em Brasília está previsto, para às 15h, um ato em frente ao Congreso Nacional. Já em Goiás, a Universidade Federal de Goiás (UFG) realiza atos para a assinatura da carta na Cidade de Goiás e manifestos em Goiânia.

A data escolhida não foi aleatória. Ela marca a criação dos cursos de direito no Brasil e também uma passeata contra Fernando Collor de Melo, presidente do Brasil que sofreu impeachment em 1992.

Foi também nas proximidades de 11 de agosto, mas precisamente no dia 8, que ocorreu a leitura de um manifesto contra a ditadura militar em 1977.

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Torcedores jogam cabeça de porco em jogo de Corinthians x Palmeiras

Durante a vitória do Corinthians por 2 a 0 sobre o Palmeiras na Neo Química Arena, em São Paulo, um incidente chocante marcou o jogo. Torcedores do Corinthians lançaram uma cabeça de porco no campo, gerando grande controvérsia e indignação.

Segundo testemunhas, o incidente ocorreu começou antes do início do jogo, quando a cabeça de porco foi arremessada por um homem em uma sacola por cima das grandes do setor sul.

A Polícia Civil solicitou ao Corinthians o acesso às imagens da câmera de segurança para identificar todos os responsáveis pelo ato. Dois torcedores foram levados ao Juizado Especial Criminal (Jecrim) e, após depoimentos, foi proposto uma transação penal no valor de R$ 4 mil ao Ministério Público, mas eles não aceitaram e negaram ter participado do ato.

Um dos suspeitos da provocação foi identificado como Rafael Modilhane, que teria comprado e arquitetado o ataque ao time rival. Um vídeo compartilhado nas redes sociais mostra que o torcedor comprou o item em um açougue e mencionou o plano para jogar a cabeça no gramado.

“Sabe aquela cabeça de porco que postei mais cedo? Vocês vão ver o que vai acontecer com ela. A gente é louco mesmo. Se for para mexer com o psicológico de vocês [jogadores], nós vamos mexer.”, afirmou Modilhane.

Confira o vídeo:

Pelo artigo 201 da nova Lei Geral do Esporte, os torcedores envolvidos podem responder por “promover tumulto, praticar, incitar a violência e invadir local restrito aos competidores, com possível penas de até seis meses de prisão ou multa”. Cabe agora a decisão do Ministério Público se a denúncia será realizada ou voltará ao Drade para novas investigações.

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