Vídeo: Brasileiros brigam por política em Londres e inglês pede respeito

Brasileiros brigam por política em Londres e inglês pede respeito

Em meio a cerimônia de despedida da Rainha Elizabeth II, brasileiros pró e contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) discutiram em frente à residência do embaixador do Brasil em Londres. O britânico Chris Harvey, aposentado, pediu para que o grupo respeitasse o momento em que a cidade vive: “hoje não é dia de agir assim”, disse ele durante uma tentativa falha de conter os baderneiros.

Brasileiros brigam durante funeral da Rainha Elizabeth II, em Londres

O arquiteto natural do Rio de Janeiro, que mora em Londres há 21 anos, confrontou os apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) dizendo: “Cadê os 700 mil que morreram de Covid?”, em seguida, ele questiona sobre o escândalo de rachadinhas no gabinete do Senador Flávio Bolsonaro e a compra de imóveis pela família presidencial com dinheiro vivo.

Em resposta, os bolsonaristas citam escândalos de corrupção no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pedem: “Para de chorar.”

Na sequência, o inglês aborda o grupo e diz: “Seu presidente veio aqui com respeito. Hoje não é o dia para agir assim. Escolham outro dia, mas não hoje. Mostrem respeito hoje. Os outros dias do ano são para fazer política. Hoje não é sobre política”, afirmou Harvey se referindo ao luto que Londres vive.

No entanto, mesmo diante do pedido, apoiadores do presidente seguiram gritando: “É Bolsonaro! 2022 é Bolsonaro!”.

O presidente Jair Bolsonaro e a primeira-dama Michelle Bolsonaro estão em Londres, onde participam do funeral da rainha Elizabeth II, ao lado de outros chefes de Estado. Antes de ir para a cerimônia, o candidato à reeleição discursou para apoiadores da janela da embaixada brasileira em Londres.

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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