Vídeo: Comandante do Corpo de Bombeiros de Niquelândia se envolve em pancadaria e atira contra pessoas

O comandante do Corpo de Bombeiros de Niquelândia, André Luiz Jesus Aquino, aparece, em vídeo (de camisa branca), agredindo com socos e chutes. Em determinado momento da gravação, o bombeiro militar saca uma arma e começa a atirar.

A confusão aconteceu perto de uma distribuidora de bebidas na noite de sexta-feira (25). No vídeo gravado por uma testemunha, o comandante aparece batendo, dando repetidos chutes na cabeça de uma pessoa. O major também apanha em alguns momentos e, depois, saca uma arma e começa a atirar.

Em nota, o Corpo de Bombeiros informou que André foi afastado das funções e que está sendo investigado internamente. “A investigação da corporação irá esclarecer os fatos e caso a apuração aponte qualquer irregularidade será aplicada sanções previstas no código de ética da corporação, bem como nas demais legislações vigentes com mais absoluto rigor. É salientado que o Corpo de Bombeiros Militar de Goiás não coaduna com situações que implicam excessos”, aponta a nota.

Em outra nota, relacionada à arma de fogo, a corporação afirmou que um bombeiro militar pode solicitar registro e o porte da arma, desde que atendam aos requisitos previstos na norma administrativa do Corpo de Bombeiros Militar de Goiás.

Confira a nota na íntegra:

“Os Bombeiros Militares podem solicitar o Registro e o porte de arma de fogo de uso permitido, particulares, desde que, no momento da solicitação, atendam aos requisitos previstos em norma administrativa do Corpo de Bombeiros Militar de Goiás, a qual é fundamentada na Lei Federal n. 10.826, de 22 de dezembro de 2003 e nos Decretos Federais n. 9.845 e 9.847, de 25 de junho de 2019 e normativas do Comando do Exército Brasileiro.

Compete ao Comando de Correições e Disciplina da Corporação a análise, o processamento e as autorizações para aquisição, transferência, registro e porte do armamento, munições e acessórios, de armas de fogo de uso permitido e particulares aos bombeiros militares do CBMGO.

Incumbe ainda ao chefe e/ou comandante do interessado avaliar preliminarmente e emitir a autorização, de forma fundamentada, sobre a aquisição de arma de fogo de uso permitido aos seus comandados, e durante a análise do pedido deverá observar os critérios específicos em norma administrativa e legislação vigente.

A referida norma prevê ainda as situações em que poderá ocorrer a suspensão temporária e/ou a cassação do Porte de Arma de Fogo expedido”.

Confira vídeo que registrou a confusão:

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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

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