Última atualização 02/12/2022 | 17:16
A responsável pela investigação do caso Luana Marcella, delegada Caroline Borges, relembrou chorando que prometeu aos pais da jovem encontrá-la. Segundo ela, o contato mais próximo foi no distrito policial, mas se lembrou da própria filha ao se comprometer pessoalmente com a família da vítima.
Preso temporariamente desde a última terça-feira, 29, o ajudante de pedreiro Reidimar Silva confessou ter enterrado o corpo de Luana em uma cova no quintal da casa dele. O suspeito confirmou ter queimado o corpo com madeira e isopor antes de tapar o buraco com cimento, o que dificultou a localização por cães farejadores. Antes, ele a matou enforcada. A jovem está sendo sepultada nesta sexta-feira, 02.
“Infelizmente não foi o resultado de encontrar aí com vida, mas pelo menos um resultado, uma resposta para a família a gente conseguiu. Eu afirmei para eles que eu encontraria. Eu não…eu até fiz uma promessa arriscada, mas eu, ao olhar no olho daquele pai, eu falei que queria encontrar a filha dele”, relembrou emocionada em entrevista exclusiva à TV Goiânia.
Ela reforça que não se tratava de um caso qualquer devido à crueldade e trauma causado na família. A delegada ainda revelou que o assassino confesso da estudante de 12 anos de idade disse ter abusado sexualmente do corpo. “Não é comum nem tem que ser comum. É inexplicável”, ponderou.
Reidimar já chegou a responder criminalmente por estupro, mas foi absolvido. Ele tem processos por furto e por recepção. Duas mulheres adultas procuraram a delegacia para denunciar crimes sexuais que teriam sido praticados pelo homem. Carolina acredita que o suspeito tenha realmente feito outra vítimas devido ao modus operandi e frieza demonstrado por ele. O assassino confesso deve responder por ocultação de cadáver, vilipêndio de cadáver, estupro e homicídio qualificado.
Relembre
As buscas pela menina começaram no domingo, 27, quando Luana demorou a retornar para casa. Ela havia saído com R$ 10, a pedido da mãe, para fazer compras em uma padaria próxima. Imagens de câmera de segurança ao longo do trajeto mostram Luana indo e voltando do estabelecimento comercial, mas os registros ocorrem somente até ela entrar na rua da residência. O carro do suspeito apareceu por duas vezes na região onde Luana desapareceu.
Em depoimento, o suspeito disse que havia consumido álcool e cocaína e convenceu a jovem a entrar no carro dizendo que teria uma quantia em dinheiro a ser entregue para a mãe dela como pagamento de uma dívida.
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