Vídeo: desabamento de prateleiras em supermercado de São Luís deixa funcionária morta

Um desabamento de prateleiras em um supermercado na noite desta sexta-feira, 2, em São Luís, no Maranhão, deixou uma pessoa morta e oito feridas. Gôndolas com produtos caíram e atingiram clientes e funcionários no supermercado Mix Mateus Atacarejo.

Estruturas metálicas caíram em uma espécie de efeito dominó. No momento do acidente, havia uma movimentação intensa de pessoas no supermercado. O óbito registrado foi de Elane de Oliveira Rodrigues, de 21 anos, que trabalhava no supermercado.

Seis feridos foram encaminhados a hospitais pelas equipes do Corpo de Bombeiros e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Os outros dois feridos foram socorridos por pessoas no local. Os bombeiros encerraram as buscas na manhã deste sábado, 3.

A operação de resgate no supermercado durou mais de 11 horas e envolveu 14 viaturas, 144 bombeiros militares e 131 bombeiros civis, além de ambulâncias e viaturas de outros órgãos. As informações são do Corpo de Bombeiros. O Ministério Público do Trabalho no Maranhão (MPT-MA) informou que vai instaurar um inquérito para apurar as causas do acidente.

Em nota, o órgão afirmou que se solidariza com familiares. “O MPT-MA se solidariza com familiares e amigos das vítimas e reforça seu compromisso de atuar na defesa dos direitos trabalhistas e na garantia de um meio ambiente de trabalho seguro e saudável”, diz o comunicado. Já o Grupo Mateus, empresa da qual faz parte o supermercado Mix Mateus Atacarejo, divulgou uma nota afirmando que a empresa prestou auxílio e deve colaborar com as autoridades, além de que todas as lojas do Grupo Mateus em São Luís ficaram fechadas neste sábado.

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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