Vídeo: é fake que Caiado vai instituir o lockdown em Goiás

Boatos que circulam nas redes sociais estão divulgando uma informação de que o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, instituiria o chamado “lockdown” no estado, que significa, na tradução literal para o português, “confinamento”. É uma medida de fechamento de comércios, escolas, igrejas, de vias e que proíbe descolamentos e viagens.

O Diário do Estado apurou que estas matérias estão se amparando em publicações do ano passado, quando, no final de junho, o governador de Goiás pediu pelo estabelecimento de um lockdown de 14 dias no estado. Confira nos vídeo abaixo, de sete meses atrás, uma matéria anexada na imprensa e a fala do governador: (arraste para o lado!)

O que realmente está acontecendo?

Nesta quarta-feira, 17, reuniram-se por videoconferência o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, o secretário da saúde, Ismael Alexandrino, alguns prefeitos do estado de goiás e o procurador-geral de Justiça de Goiás, Aylton Vechi, para discutir a situação atual da Covid-19 no estado.

O procurador declarou diante dos prefeitos que o descumprimento das ordens e normas relativas ao combate da doença poderão acarretar consequências legais aos gestores. “O Ministério Público atuará! Vamos entrar e vamos atuar decisivamente, criminalmente… com base na lei de improbidade administrativa e com base nas multas administrativas“, disse Vechi.

Nesta terça-feira, 16, a Secretaria de Saúde de Goiás emitiu nota técnica apresentando medidas para guiar as ações voltadas para gestão de serviços e controle de contágio, em que será considerada uma divisão de 18 regiões no estado.

Semanalmente, a avaliação da secretaria vai estratificar os locais conforme três estágios de situação: alerta, crítica e calamidade. Quando classificada em situação de alerta, é permitido à região o funcionamento de todas as atividades, exceto eventos com mais de 150 pessoas.

A estratificação em situação crítica requer redução na capacidade de atendimento em atividades de alto risco de contaminação como bares e instituições religiosas. Ambos passam a ter permissão para ocupar 30% da capacidade. Já atividades de baixo risco, como salões de beleza, barbearias, shoppings e centros comerciais ficam com o limite de 50% de utilização. Eventos, transporte coletivo e outros setores terão restrições específicas.

Já para os casos de calamidade, o entendimento das autoridades em saúde é que haja a interrupção de todas as atividades, exceto supermercados, farmácias, postos de combustível e serviços de urgência e emergência em saúde. A nota técnica define ainda que, caso seja observado piora nos indicadores, cada região manterá as medidas restritivas respectivas a cada situação por pelo menos 14 dias.

Imagem: One photo/Shutterstock

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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