100 famílias foram despejadas de uma área pública da Prefeitura de Goiânia, pela equipe do 13º Batalhão da Polícia Militar de Goiás, no Setor Dalva, região noroeste de Goiânia. Os policias teriam começado a ação sem mandado na noite de sábado (19) e continuou na manhã desse domingo (20).
De acordo com os ocupantes, os militares teriam jogado bomba de gás lacrimogênio e spray de pimenta na tentativa de expulsar os morados durante a noite de sábado. A líder do movimento, Cintia Nicássia, relatou ao jornal CBN que “a ação dos militares foi truculenta porque derrubaram alguns barracos e alguns moradores, incluindo crianças, se machucaram durante a ação policial. Além disso, não tinha respaldo jurídico, já que não possuíam ordem”. Cintia e outra três pessoas que lideram o grupo foram presas na manhã de domingo e levados para a Central de Flagrantes pela PM. O motivo das prisões não foram informados. O advogado Vitor Sousa de Albuquerque, que ajuda as famílias, contou que os policiais acusam os quatro de ações de organização criminosa e responsáveis por ocupação ilegal.
Para a CBN, o defensor público Tiago Bicalho informou que foi enviado um ofício para a Polícia Militar questionando a ação. No documento diz que “eventual desocupação das famílias sem prévia decisão judicial é absolutamente ilegal e passível de reparação em todas as esferas legais”. Além disso, o defensor ressaltou que há uma decisão do Supremo Tribunal Federal que proíbe o despejo de famílias durante a pandemia.
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