Vídeo: Fundadora do Nubank diz que é difícil contratar negros e depois volta atrás

Cofundadora do Nubank, Cristina Junqueira foi questionada no programa Roda Viva se o “alto grau de exigência” não seria uma barreira para minorias, Cristina afirmou que: “Não dá para também nivelarmos por baixo”. Após a repercussão da fala racista, ela voltou atrás e pediu desculpas. Durante o programa ela tratou negros como minoria, eles representam 54% da população

A afirmação foi feita na última segunda-feira, 19, durante o programa Roda Viva da TV Cultura, devido a repercussão negativa, ela voltou atrás na terça-feira, 20. “Ontem, eu estive no Roda Viva […] Teve um trechinho do que eu falei lá que infelizmente não repercutiu tão bem. E eu queria dizer que falar de diversidade racial, gente, não é fácil”.

No Roda Viva, Junqueira afirmou que: “Já faz algum tempo que a gente procura para várias posições, inclusive uma vice-presidente de marketing para trabalhar comigo. Estou há bastante tempo procurando e é difícil. Recrutar Nubank sempre foi difícil”, disse.

Pergunta se o “alto grau de exigência” não seria uma barreira para minorias,a executiva afirmou que “não dá para também nivelarmos por baixo”. “Por isso que queremos fazer investimento em formação. Criamos um programa gratuito, que chama diversidados, que vamos ensinar ciência de dados para pessoas que querem entrar nisso, e nós vamos capacitar essas pessoas”, declarou.

“Não adianta colocarmos alguém para dentro que depois não vai ter condição de trabalhar com as equipes que temos, de se desenvolver, de avançar na sua carreira, depois não vai ser bem avaliado. Daí não estamos resolvendo um problema, estamos criando outro, né?”, continuou.

Nesta terça-feira, 20, Cristina Junqueira publicou um vídeo no Linkedin, se desculpando por afirmar que é dificil contratar profissionais negros “Ontem, eu estive no Roda Viva […] Teve um trechinho do que eu falei lá que infelizmente não repercutiu tão bem. E eu queria dizer que falar de diversidade racial, gente, não é fácil”, disse Junqueira.

“Queria pedir desculpas, acho que não me expressei da melhor maneira. É super importante a gente ter uma comunicação clara. Queria agradecer todo o feedback que está vindo, a repercussão que isso está tendo porque todo mundo tem o que aprender”, finalizou.

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Torcedores jogam cabeça de porco em jogo de Corinthians x Palmeiras

Durante a vitória do Corinthians por 2 a 0 sobre o Palmeiras na Neo Química Arena, em São Paulo, um incidente chocante marcou o jogo. Torcedores do Corinthians lançaram uma cabeça de porco no campo, gerando grande controvérsia e indignação.

Segundo testemunhas, o incidente ocorreu começou antes do início do jogo, quando a cabeça de porco foi arremessada por um homem em uma sacola por cima das grandes do setor sul.

A Polícia Civil solicitou ao Corinthians o acesso às imagens da câmera de segurança para identificar todos os responsáveis pelo ato. Dois torcedores foram levados ao Juizado Especial Criminal (Jecrim) e, após depoimentos, foi proposto uma transação penal no valor de R$ 4 mil ao Ministério Público, mas eles não aceitaram e negaram ter participado do ato.

Um dos suspeitos da provocação foi identificado como Rafael Modilhane, que teria comprado e arquitetado o ataque ao time rival. Um vídeo compartilhado nas redes sociais mostra que o torcedor comprou o item em um açougue e mencionou o plano para jogar a cabeça no gramado.

“Sabe aquela cabeça de porco que postei mais cedo? Vocês vão ver o que vai acontecer com ela. A gente é louco mesmo. Se for para mexer com o psicológico de vocês [jogadores], nós vamos mexer.”, afirmou Modilhane.

Confira o vídeo:

Pelo artigo 201 da nova Lei Geral do Esporte, os torcedores envolvidos podem responder por “promover tumulto, praticar, incitar a violência e invadir local restrito aos competidores, com possível penas de até seis meses de prisão ou multa”. Cabe agora a decisão do Ministério Público se a denúncia será realizada ou voltará ao Drade para novas investigações.

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