Vídeo: Furto de milho vira caso de polícia após gerente de fazenda ser acusado de racismo

Um vídeo onde o gerente da Fazenda Bianco, localizada no município de Cabeceiras (GO), uma das maiores produtoras rurais do estado, aparece maltratando um caminhoneiro que estava furtando 20 espigas de milho na propriedade viralizou e vem provando polêmica, tanto pelas falas racistas de Fernando Rosbach, quando pelas ameaças que o gerente vêm recebendo desde que resolveu compartilhar o “flagrante” nas redes sociais no último domingo, 8. A fazenda, inclusive, também está sendo investigada por plantar o alimento em terras do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

Tudo começou quando Fernando estava passando pelo local e se deparou com um caminhão tanque estacionado na roça de milho. Ao avistar o motorista, o gerente desceu do veículo e começou a filmar o homem que estava colhendo o alimento. Conforme se aproximava, o gerente começou a xingar e proferir ofensas contra o caminheiro. As palavras causaram indignação na população, principalmente as falas nas quais o gerente chamava os moradores do estado de “ladrões”.

“Vou mostrar como se faz agora com essa goianada. Aqui no Goiás tem essa mania de roubar as coisas dos outros. Eu vou educar esse pessoal”, disse em um trecho do vídeo, depois de obrigar o homem a devolver as espigas de milho.

Ameaças

Depois da repercussão negativa, o caso foi parar na delegacia. No entanto, a investigação não é só para apurar o furto de milho, visto que a quantidade que seria levada pelo homem é muito baixa perto do tamanho da plantação, o que não qualifica crime.

Segundo o delegado Thiago Cesar, a Polícia Civil (PC) procura os suspeitos de ameaçar o gerente, que chegaram a dizer que iriam colocar fogo no milharal, além de produzir vídeos atirando com armas de fogo no local, fazendo menção a Fernando.

“A difamação do gerente em relação ao povo goiano, que inicialmente seria um crime simples, virou algo mais complexo por conta das ameaças que vem ocorrendo com armas de fogo e contra a própria plantação. Neste primeiro momento, estamos tratando o caso como: ameaça, racismo praticado pelo gerente contra o caminheiro e difamação contra a honra dos goianos, no qual depende de alguma alguma denuncia. Ou seja, de um goiano que se sentiu ofendido”, disse.

Confusão

Como dito pelo delegado, a atitude do gerente não foi bem vista pela população da região. O prefeito da cidade de Cabeceiras (GO), Everton Francisco de Matos (Tuta), chegou a ligar para o dono da fazenda, Arno Bruno Weis, denunciando o gerente. O mandante exigiu que Fernando se retratasse pela fala desrespeitosa, alegando que era inadmissível que uma pessoa se achasse no direito de corrigir um erro com exageros e humilhações.

Procurada, a defesa do gerente disse que a fala não passou de um “mal entendido” e que Fernando é uma pessoa simples, que não mediu as palavras. Já a fazenda onde o homem trabalha disse que não apoio o ato do empregado e que sofre perdas constantes por conta dos furtos. Mesmo depois da repercussão, Fernando continua trabalhando na fazenda.

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Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

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