Vídeo: Homem filmado ao de lado onça morta a tiros no Pantanal está foragido

Segue foragido e, procurado pela polícia, o pecuarista que se vangloria de ter matado uma onça pintada adulta na cidade de Paconé, distante pouco mais de 100 km de Cuiabá, no pantanal do Mato Grosso. Em vídeo, provavelmente gravado há duas semanas, mas que só agora, começou a circular em grupos de WhatsApp, o homem, identificado como Benedito Nédio Nunes Rondon, confessa a prática do crime, que teria sido cometido em em domingo, e diz que o animal, ameaçado de extinção, “não valia nada” e que se fosse uma fêmea aproveitaria para ter relações sexuais com ele.

No vídeo em questão, Benedito Nédio aparece deitado ao lado da onça, parcialmente abraçado a ela, e com uma arma sobre o corpo do animal. Ele aparenta não se importar com o assassinato, que configura crime ambiental, conforme o Art. 29 da Lei 9605/98, e prevê pena de detenção de seis meses a um ano, além de multa. A ação seria em resposta a supostos ataques do animal, que teria matado 15 bezerros do fazendeiro.

O caso está sob investigação das delegacias Especializada do Meio Ambiente (Dema) e da Polícia Civil (PC) de Paconé. Nesta sexta-feira (1º), dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos, um na casa e outro na fazenda do suspeito. Nem o homem e nem a arma que consta do vídeo foram localizados.

No cumprimento dos mandados, a Polícia Militar (PM) encontrou apenas uma espingarda na propriedade do acusado, a Fazenda Capão Bonito I, que foi apreendida e levada à Delegacia de Poconé. Segundo a PC, ele é dono de outras armas, de patas, couro e materiais oriundos da caça ilegal de animais silvestres.

 

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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