Vídeo: Humorista, vítima de racismo, sofre ameaças de vizinhos com facas e garrafa

Eddy Jr. caso racismo ameaças

Nesta semana, o cantor e humorista Eddy Jr. foi vítima de ataques preconceituosos de uma vizinha. Antes disso, porém, a mulher já havia registrado diversas queixas contra o artista. Em imagens de segurança que o g1 obteve nesta quarta-feira, 19, é possível ver a agressora e o filho dela na porta da casa de Eddy Jr., portando facas e garrafa e ameaçando o homem com atitudes atreladas ao racismo.

Racismo que Eddy Jr. vem sofrendo

A mulher em questão mora no condomínio de Eddy Jr. desde 2019. No final do ano passado, ela começou a relatar supostos barulhos na casa do humorista entre 2h30 e 5h30. Para piorar, dizia que o vizinho desligava os aparelhos dentro da casa dela, para prejudicá-la. Os administradores do edifício registraram as reclamações e encaminharam multas para o dono do apartamento.

No entanto, Eddy Jr. se defendeu, dizendo que nesses momentos ele estava dormindo ou sequer se encontrava em casa. Além disso, nenhum outro vizinho registrou reclamações. Com isso, os administradores até mesmo retiraram as multas.

O caso de racismo intensificou-se nesta semana, quando Eddy Jr. desceu do elevador para passear com a sua cachorra. Coincidentemente, a vizinha também estava por lá, e recusou-se a entrar no mesmo elevador que ele. Então, passou a chamar o youtuber de “macaco”, “imundo”, “feio”, “urubu” e “neguinho perigoso”, pedindo para que o síndico o tirasse dali e questionando Eddy Jr. sobre como tinha dinheiro para morar naquele local.

Em seu perfil no Instagram, Eddy Jr. tem 1.5 milhão de seguidores e resolveu divulgar o vídeo que gravou do caso de racismo que sofreu. As imagens das câmeras da segurança que foram ao ar nesta manhã são anteriores a esse episódio, pois datam de setembro. A mulher e o filho, que, segundo ela, possui uma deficiência intelectual leve, ameaçaram o humorista com facas e garrafa, à porta dele.

Confira as imagens em que a mulher e o filho dela ameaçam o humorista:

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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