Vídeo: Idoso atropelado em protesto do MST no Recife; motorista foi preso

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Vídeo mostra momento em que militante do MST é atropelado durante protesto no Recife; motorista foi preso

O atropelamento ocorrido há uma semana no bairro dos Torrões, na Zona Oeste da cidade. Uma das vítimas, um idoso de 67 anos, segue internada em estado grave.

Um vídeo divulgado pela Secretaria de Defesa Social de Pernambuco mostra o momento em que o agricultor Gideone Sinfrônio de Menezes Filho, de 67 anos, foi atropelado no dia 15 de abril. Nas imagens, captadas por uma câmera de segurança, é possível ver que o veículo empurra os manifestantes que bloqueavam o trânsito na Av. Engenheiro Abdias de Carvalho, nos Torrões, na Zona Oeste do Recife, e em seguida acelera e passa por cima do idoso (veja vídeo acima).

O caso foi registrado pela Polícia Civil como tentativa de homicídio e o motorista do carro, identificado como Tiago, foi preso na terça (22). Após atropelar o agricultor, o condutor continuou o caminho e não parou para prestar socorro aos feridos.

Além de Gideone Filho – que teve traumatismo craniano e está internado em estado grave no Hospital da Restauração, no bairro do Derby, outro homem teve escoriações, mas não precisou de atendimento médico.

Adefinição Polícia Civil detalhou nesta quarta-feira (23) como aconteceu a prisão do homem, que foi detido no município de São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana, na casa onde mora. Ele foi identificado no dia seguinte ao atropelamento, mas até então os investigadores não sabiam se ele era o proprietário do veículo.

Após a prisão, o homem foi encaminhado para o Instituto de Medicina Legal (IML), no bairro de Santo Amaro, no Centro, para fazer exame de corpo de delito, e depois encaminhado ao Centro de Observação Criminológica e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima. Procurado pelo DE, o advogado Lozymayer Renato da Silva, que representa o motorista, disse que considera a prisão “desnecessária” e “midiática”.

Na semana passada, a defesa do motorista havia dito que, no momento do protesto ele se dirigia para uma consulta médica com o avô, a avó e a tia, e que “houve desconforto com um dos manifestantes” que, segundo os advogados, agiu com violência, atingindo o veículo. “[…] o que desencadeou novos ataques dos demais manifestantes por meios de pedaços de madeira (barrotes), havendo depreciação do automóvel e inclusive quebra do para-brisa traseiro, o que gerou pânico generalizado entre os ocupantes do veículo,notadamente os mais idosos”, disseram os advogados André Franco e Lozymayer Renato.

Por causa disso, segundo os advogados, o motorista acelerou o veículo, “não tendo qualquer intenção de causar dano a quem quer que fosse”.

O atropelamento de Gideone Sinfrônio de Menezes Filho, de 67 anos, aconteceu por volta das 10h do dia 15 de abril, perto do Centro Comunitário da Paz (Compaz) Escritor Ariano Suassuna, na Avenida Engenheiro Abdias de Carvalho, no bairro dos Torrões, na Zona Oeste da cidade (veja vídeo acima). O motorista do carro fugiu sem prestar socorro às vítimas. Gideone Filho teve traumatismo craniano e, inicialmente, foi levado para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) dos Torrões. Em seguida, foi encaminhado para o Hospital da Restauração, onde passou por cirurgia e permanece internado em estado grave. O protesto era para pressionar órgãos públicos a avançarem nas ações pela reforma agrária em Pernambuco. A marcha saiu da sede da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), na Abdias de Carvalho, em direção à sede do Incra, no bairro dos Aflitos, na Zona Norte do Recife.

Um dia depois do atropelamento, a Polícia Civil informou à TV Globo que identificou o motorista, mas, até aquele momento, não sabia se ele é o dono do carro. O caso foi registrado como tentativa de homicídio. A defesa do motorista informou que, no momento do protesto, estavam no carro o avô, a avó e a tia do condutor, indo para uma consulta médica. Disse, por meio de nota, que “houve desconforto com um dos manifestantes” que, segundo os advogados, agiu com violência, atingindo o veículo. “[…] o que desencadeou novos ataques dos demais manifestantes por meios de pedaços de madeira (barrotes), havendo depreciação do automóvel e inclusive quebra do para-brisa traseiro, o que gerou pânico generalizado entre os ocupantes do veículo,notadamente os mais idosos”, disseram os advogados André Franco e Lozymayer Renato. Por causa disso, segundo os advogados, o motorista acelerou o veículo, “não tendo qualquer intenção de causar dano a quem quer que fosse”.

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