Vídeo impressionante: Beco do Batman vira rio em 17 min de chuva

Impressionante! Veja como Beco do Batman virou rio com 17 min de chuva

Vídeo de câmera de segurança como Beco do Batman virou rio de correnteza forte
em apenas 17 minutos de chuva na última sexta-feira

São Paulo — Carros girando como se fossem brinquedos, objetos sendo arrastados e
o Beco do Batman transformado em um rio, com correnteza forte, em apenas 17
minutos. Essas cenas foram registradas por câmera de segurança na última
sexta-feira (24/1), durante a chuva que atingiu São Paulo
provocando destruição e morte em Pinheiros, na zona oeste.

As imagens de câmeras de segurança mostram que a chuva teve início por volta das
15h34, quando as pessoas correm para recolher objetos que estão espalhados pelo
local. Cinco minutos, as primeiras poças começam a se formar e uma leve
enxurrada passa junto à guia. Entretanto, ainda não era nem sombra do que viria
na sequência.

Por volta das 15h49, artesãos recolhem as últimas banquinhas que ainda aparecem
no campo visual da câmera da empresa CoSecurity. As imagens que surgem nos
minutos seguintes são aterrorizantes.

O Beco do Batman vira um rio 17 minutos depois do início da chuva. Às 15h51,
ninguém mais consegue passar pela rua, totalmente alagada e com uma forte
correnteza.

A situação só piora e, por volta das 15h55, 21 minutos após a tempestade
começar, o primeiro carro é arremessado contra um poste. Cerca de um minuto
depois, outro veículo rola em meio rio como se fosse de brinquedo.

A água só começa a baixar por volta das 16h30, quando as primeiras pessoas
deixam suas casas e os comércios do entorno para ver o estrago provocado pela
chuva.

O QUE ACONTECEU

Nessa sexta-feira, a capital paulista registrou o terceiro maior volume de
chuva dos últimos 64 anos, segundo dados da estação do Instituto Nacional de
Meteorologia (Inmet) em Mirante de Santana, na zona norte.
Segundo a Defesa Civil, foram 125,4
milímetros, 48,5% dos 257,3 mm previstos para todo o mês de janeiro. O
acumulado de 82 mm entre 15h e 16h foi o maior volume computado em apenas 1
hora desde 25 de julho de 2006.
Pela primeira vez, a Defesa Civil emitiu um alerta severo para todos os
celulares da região: “Chuva forte se espalhando pela capital paulista com
rajadas de vento e risco de alagamento. Mantenha-se em local seguro”, dizia o
comunicado.
Foram registrados 13.190 raios, com 6.292 deles atingindo o solo, rajadas de
vento de 70 km/h e granizo. Durante a tempestade, 126 mil endereços ficaram
sem luz.
Na capital e na Grande São Paulo, o Corpo de Bombeiros registrou 126 chamados
de árvores caídas, 219 chamados de enchentes/inundações/alagamentos, e 14
chamados para desmoronamento/desabamento/soterramento.
A chuva teve início por volta de 15h30, quando o céu escureceu diante da
aproximação das nuvens cinzentas e deixou toda a cidade em estado de atenção
até as 17h35.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, foram 219 chamados para ocorrências de
enchentes e alagamentos.
Um homem de 73 anos morreu na região do Beco do Batman, famoso ponto
turístico na Vila Madalena.
A estação Jardim São Paulo do metrô, na Linha 1-Azul, foi inundada e a Linha
7-Rubi da CPTM ficou alagada.
Parte do teto do shopping Center Norte desabou.

Um alagamento na Rua Belmiro Braga, a cerca de 300 metros do Beco do Batman,
provocou a morte do artista plástico Rodolpho Tamanini Netto, 73 anos, que ficou preso nos fundos da própria casa e
teve o corpo encontrado por um amigo somente no dia seguinte à tragédia.

No sábado (25/1), moradores e comerciantes ainda tentavam limpar os imóveis e
resgatar o que era possível em meio ao rastro de destruição.

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