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Vídeo: Indonésia monta força-tarefa para investigar 125 mortes em estádio

Última atualização 03/10/2022 | 18:24

Uma força tarefa foi montada nesta segunda-feira, 3, para investigar as 125 mortes que ocorreram dentro de um estádio de futebol, na Indonésia. Dentre as vítimas estão 32 crianças, com idades entre 3 e 17 anos. Elas foram esmagadas por torcedores que entraram em pânico ao tentar escapar do estádio lotado em Malangue, Java Oriental, neste sábado, 1º.

A confusão ocorreu após a polícia disparar gás lacrimogêneo contra os torcedores do time da casa, a fim de dispersar a torcida que havia invadido o campo no final da partida do campeonato nacional, após o time perder. A comissão de direitos humanos do país, inclusive, tem questionado o uso de gás lacrimogêneo pela corporação.

Apuração

O ministro-chefe da Segurança da Indonésia, Mahfud MD, disse à Reuters que o governo formará uma equipe independente de apuração de fatos, incluindo acadêmicos, especialistas em futebol e funcionários do governo, para investigar o que aconteceu.

O governo fornecerá 50 milhões de rúpias (cerca de R$ 16.880) em compensação a cada uma das famílias das vítimas, enquanto outras centenas de feridos serão tratados gratuitamente, acrescentou.

A polícia e autoridades esportivas foram enviadas a Malangue para investigar o que é uma das tragédias mais mortais em estádios pelo mundo. O presidente Joko Widodo ordenou que a associação de futebol suspenda todos os jogos do campeonato nacional até que a investigação seja concluída.

Violência

Violência e vandalismo têm sido características do futebol indonésio, especialmente em lugares como Jacarta, a capital, mas a escala do desastre de sábado nesta cidade em Java deixou a pequena comunidade entorpecida.

Mahfud disse no domingo, 2, que o estádio estava lotado além da capacidade. Cerca de 42 mil ingressos foram emitidos para um estádio projetado para acomodar 38 mil pessoas, disse ele. A Fifa, que chamou o incidente de “dia sombrio para todos os envolvidos no futebol e uma tragédia além da compreensão”, pediu às autoridades do futebol indonésio um relatório sobre o incidente.