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Vídeo: Locadora de carro utilizava de ‘artimanha’ para vender veículos em Goiás

Última atualização 03/06/2022 | 16:33

Uma locadora de veículos foi alvo de uma operação, nesta quinta-feira (02), suspeita de cometer fraudes e crimes tributários por adquirir carros com benefícios fiscais (redução de até 20% no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)), dentre outros benefícios, como redução no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e Imposto sobre Propriedades de Veículos Automotores (IPVA), específicos para veículos destinados à locação. Acontece que a empresa revendia os automóveis zero quilometro antes do prazo previsto pela Justiça, que é de um ano. Ao realizar a prática, a locadora burlava o pagamento do ICMS.

“Durante o período de um ano, esse veículo deve permanecer no patrimônio da locadora sendo utilizado para o seu fim. Ou seja, a locação. Antes deste período ele não pode ser vendido. Caso acontece essa venda, a empresa perde o benefício. Acontece que essa empresa adquire o veículo para a locação e em seguida o vende como novo”, explicou a delegada Tatyane Goncalves Cruvinel.

Ao todo, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão nas cidades de Goiânia e de Inhumas, onde estão localizadas as quatro lojas da empresa no estado de Goiás, visando a apreensão de documentos, computadores e outros objetos que identifiquem e individualizem a participação de cada um dos envolvidos, bem com os valores sonegados pelos contribuintes (empresa e adquirentes).

Além da PC, auditores fiscais da Secretaria da Economia do Estado de Goiás (SEFAZ) também participaram das diligências e apreenderam dados dos sistemas de informática que propiciarão auditoria completa para estabelecer o montante a título de tributos devidos. Os investigados responderão por crimes tributários, falsidade documental e associação criminosa, além de terem que arcar com o pagamento dos tributos sonegados (ICMS e IPVA).

“O valor exato ainda não temos. A secretaria de economia está realizando o levantamento para descobrir o prejuízo causado pela locadora. A polícia tomou conhecimento da prática em 2019 e desde então começaram as investigações”, concluiu.

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