Vídeo: Mesmo após determinação judicial, bolsonaristas ainda bloqueiam 22 rodovias de Goiás

PF cumpre 100 mandados contra manifestantes de atos golpistas

Na manhã desta terça-feira, 1º, os bloqueios bolsonaristas permanecem no estado de Goiás. Mesmo após a determinação da Justiça Federal para que os manifestantes desobstruíssem as vias, os números estagnaram após desbloqueio de quatro pontos. Na realidade, a quantidade de bloqueios chegou a aumentar.

Bloqueios bolsonaristas em Goiás

No último domingo, 30, Lula (PT) derrotou Bolsonaro (PL) nas urnas, por 50,9% a 49,1% dos votos. Apesar do revés no pleito, o atual presidente em exercício até o momento ainda não reconheceu o resultado. Desta forma, caminhoneiros de todo o Brasil começaram a bloquear as estradas em protestos ilegais. Em Goiás, não foi diferente.

Aqui no estado, Bolsonaro teve 58,71%, contra 41,29% de Lula. Com um maior apoio ao candidato derrotado, goianos bloquearam mais de 20 pontos em diferentes cidades do estado. Por isso, a Justiça Federal determinou o desbloqueio das estradas, por meio da decisão do juiz Rafael Branquinho.

Após essa determinação, os seguintes pontos desfizeram os bloqueios em Goiás: BR-364, km 298, em Mineiros; BR-152, km 516, em Aparecida de Goiânia; BR-153, km 699, em Itumbiara; e BR-060, km 303, em Acreúna. No entanto, as outras seguem com obstruções. Ainda, houve também o bloqueio da Ponte da Gameleira, em Gameleira de Goiás, na manhã desta terça.

Confira alguns dos pontos que seguem bloqueados:

  • BR 060 Km 102, em Anápolis
  • BR 060 Km 60, em Abadiânia
  • BR 158 Km 158, em Caiapônia
  • BR 050 Km 279 e KM 282, em Catalão
  • BR 364, Km 298, em Mineiros
  • BR 153 Km 516, em Aparecida de Goiânia
  • BR 364 Km 196, em Jataí
  • BR-020 Km 1 (Posto Divisão), Formosa
  • BR-040 Km 94 (Posto JK), em Cristalina
  • BR-040 Km 01, em Valparaíso de Goiás
  • BR-153 Km 699, em Itumbiara
  • BR 060 Km 303, em Acreúna
  • GO-437, em Gameleira de Goiás

Confira os bloqueios:

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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