Na tarde desta quinta-feira, 11, o Ministério Público de Goiás (MP-GO), por meio da 87ª Promotoria de Justiça de Goiânia, realizou uma inspeção para verificar o fluxo de vacinação de idosos pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) em Goiânia. Conforme com a promotora de Justiça Marlene Nunes Freitas Bueno, foi verificado que estão sendo seguidos critérios rigorosos, desde a chegada da vacina até o material para a secretaria. Na semana passada foram realizadas visitas técnicas em pontos de vacinação que atenderam profissionais da saúde, sendo essa a segunda vistoria do MP-GO.
A promotora de Justiça averiguou que, na diligência, há quantificação dos frascos com a vacina na chegada e que, ao término da aplicação de seu conteúdo, cada frasco contendo dez doses, o recipiente é devolvido à SMS juntamente com a ficha de cada um dos vacinados. Também foi verificado que foram seguidos os procedimentos operacionais padrão, sendo feita a divisão de tarefas entre os profissionais que aplicam a vacina, sendo um para aspirar o líquido e outro para aplicar a dose, e os cuidados para a manutenção do resfriamento das unidades de vacina.
Coletiva
No início da tarde de hoje, 11, durante entrevista coletiva à imprensa realizada virtualmente, Marlene Nunes Freitas Bueno informou que foi aberto procedimento de investigação para apurar sobre a conduta da enfermeira que não aplicou devidamente a vacina em uma idosa em Goiânia, apesar de ter introduzido a agulha, ela não aplicou o líquido. A investigação acontecerá em sigilo.
Conforme a promotora, foi pedido, na Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o afastamento da enfermeira, para que “fosse criado ambiente de maior tranquilidade”. O pedido foi atendido.
O MP-GO requisitou ainda os dados sobre a idosa e pediu à SMS que apresente manifestação sobre o caso filmado. Serão ouvidas também, as pessoas envolvidas, a filha da idosa, a profissional, a Superintendência da SMS e a coordenadora dos trabalhos no local da vacinação. Marlene Nunes Freitas Bueno afirmou que deseja verificar se existem fluxos definidos e organizados de movimentação das vacinas, até mesmo no controle de quantitativo.
A promotora de Justiça informou que será realizada a perícia técnica nas imagens, para determinar, por profissionais de saúde, pela circunstância mostrada em vídeo, se a sequência da conduta da enfermeira foi correta. “Queremos verificar se, na prática da enfermagem, há registros de outras situações desta natureza”, afirmou Marlene Nunes Freitas Bueno. A medida objetiva verificar se houve a intenção de burlar a vacinação ou se o fato foi devido a situação de estresse provocado por outros fatores.
Em relação à possibilidade de a conduta da enfermeira ser criminosa, Marlene Nunes Freitas Bueno respondeu que é precipitado fazer juízo de valor, devido a investigação ainda estar no começo. Porém, de acordo com ela, se for detectada a existência de situação criminosa, serão tomadas as providências legais.
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