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Vídeo: Monark defende existência de partido nazista reconhecido por lei

Última atualização 08/02/2022 | 09:55

O apresentador Bruno Aiub, conhecido como Monark, defendeu na noite desta segunda-feira (7) a existência de um partido nazista. A declaração aconteceu durante a apresentação do Flow Podcast.

Durante a entrevista com os deputados Tabata Amaral (PSB) e Kim Kataguiri (Podemos), o apresentador afirmou que ”a esquerda radical tem muito mais espaço do que a direita radical. As duas tinham que ter o mesmo espaço, na minha opinião”.

”Eu acho que tinha que ter um partido nazista reconhecido por lei”, disse ainda e perguntou: ”as pessoas não têm o direito de ser idiota?”

Confira um trecho da entrevista:


E essa não é a primeira vez que Monark dá opiniões controversas, normalmente tendo como base a extrema direita. Em outubro do ano passado ele usou as redes sociais para fazer uma postagem para questionar: ”ter uma opinião racista é crime?”

Após a repercussão negativa da frase, inclusive causando a perda de patrocinadores, ele afirmou que foi mal-interpretado.

“Fala manos, muita gente interpretou minha defesa a liberdade de expressão como a defesa de opiniões hediondas como racismo ou homofobia. Só reforçando que tais opiniões são abomináveis e eu gostaria que ninguém as tivesse. Todo discurso de ódio é maléfico a sociedade”, publicou, tentando remediar.

Grupos neonazistas crescem 270% no Brasil em 3 anos

Estudos mostram que células do grupo neonazistas tiveram um crescimento e se expandiram para as 5 regiões do Brasil nos últimos 3 anos.

Antropóloga que se dedica a pesquisa o neonazismo no Brasil desde 2002, Adriana Dias elaborou um mapa onde mostra que existem pelo menos 530 núcleos extremistas, um universo que podem chegar a 10 mil pessoas. Isso representa um crescimento de 270,6% de janeiro de 2019 a maio de 2021.

Entre os grupos extremistas, neonazistas são a maioria. Ao Fantástico, Adriana explicou que eles têm semelhança entre si.

“Eles começam sempre com o masculinismo, ou seja, eles têm um ódio ao feminino e por isso uma masculinidade tóxica. Eles têm antissemitismo, eles têm ódio a negro, eles têm ódio a LGBTQIAP+, ódio a nordestinos, ódio a imigrantes, negação do holocausto”, enumera.

A falta de uma legislação clara contra discursos de ódio no Brasil é o principal obstáculo para que esses crimes sejam punidos de maneira exemplar.