Vídeo: Monark defende existência de partido nazista reconhecido por lei

Monark

O apresentador Bruno Aiub, conhecido como Monark, defendeu na noite desta segunda-feira (7) a existência de um partido nazista. A declaração aconteceu durante a apresentação do Flow Podcast.

Durante a entrevista com os deputados Tabata Amaral (PSB) e Kim Kataguiri (Podemos), o apresentador afirmou que ”a esquerda radical tem muito mais espaço do que a direita radical. As duas tinham que ter o mesmo espaço, na minha opinião”.

”Eu acho que tinha que ter um partido nazista reconhecido por lei”, disse ainda e perguntou: ”as pessoas não têm o direito de ser idiota?”

Confira um trecho da entrevista:


E essa não é a primeira vez que Monark dá opiniões controversas, normalmente tendo como base a extrema direita. Em outubro do ano passado ele usou as redes sociais para fazer uma postagem para questionar: ”ter uma opinião racista é crime?”

Após a repercussão negativa da frase, inclusive causando a perda de patrocinadores, ele afirmou que foi mal-interpretado.

“Fala manos, muita gente interpretou minha defesa a liberdade de expressão como a defesa de opiniões hediondas como racismo ou homofobia. Só reforçando que tais opiniões são abomináveis e eu gostaria que ninguém as tivesse. Todo discurso de ódio é maléfico a sociedade”, publicou, tentando remediar.

Grupos neonazistas crescem 270% no Brasil em 3 anos

Estudos mostram que células do grupo neonazistas tiveram um crescimento e se expandiram para as 5 regiões do Brasil nos últimos 3 anos.

Antropóloga que se dedica a pesquisa o neonazismo no Brasil desde 2002, Adriana Dias elaborou um mapa onde mostra que existem pelo menos 530 núcleos extremistas, um universo que podem chegar a 10 mil pessoas. Isso representa um crescimento de 270,6% de janeiro de 2019 a maio de 2021.

Entre os grupos extremistas, neonazistas são a maioria. Ao Fantástico, Adriana explicou que eles têm semelhança entre si.

“Eles começam sempre com o masculinismo, ou seja, eles têm um ódio ao feminino e por isso uma masculinidade tóxica. Eles têm antissemitismo, eles têm ódio a negro, eles têm ódio a LGBTQIAP+, ódio a nordestinos, ódio a imigrantes, negação do holocausto”, enumera.

A falta de uma legislação clara contra discursos de ódio no Brasil é o principal obstáculo para que esses crimes sejam punidos de maneira exemplar.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Torcedores jogam cabeça de porco em jogo de Corinthians x Palmeiras

Durante a vitória do Corinthians por 2 a 0 sobre o Palmeiras na Neo Química Arena, em São Paulo, um incidente chocante marcou o jogo. Torcedores do Corinthians lançaram uma cabeça de porco no campo, gerando grande controvérsia e indignação.

Segundo testemunhas, o incidente ocorreu começou antes do início do jogo, quando a cabeça de porco foi arremessada por um homem em uma sacola por cima das grandes do setor sul.

A Polícia Civil solicitou ao Corinthians o acesso às imagens da câmera de segurança para identificar todos os responsáveis pelo ato. Dois torcedores foram levados ao Juizado Especial Criminal (Jecrim) e, após depoimentos, foi proposto uma transação penal no valor de R$ 4 mil ao Ministério Público, mas eles não aceitaram e negaram ter participado do ato.

Um dos suspeitos da provocação foi identificado como Rafael Modilhane, que teria comprado e arquitetado o ataque ao time rival. Um vídeo compartilhado nas redes sociais mostra que o torcedor comprou o item em um açougue e mencionou o plano para jogar a cabeça no gramado.

“Sabe aquela cabeça de porco que postei mais cedo? Vocês vão ver o que vai acontecer com ela. A gente é louco mesmo. Se for para mexer com o psicológico de vocês [jogadores], nós vamos mexer.”, afirmou Modilhane.

Confira o vídeo:

Pelo artigo 201 da nova Lei Geral do Esporte, os torcedores envolvidos podem responder por “promover tumulto, praticar, incitar a violência e invadir local restrito aos competidores, com possível penas de até seis meses de prisão ou multa”. Cabe agora a decisão do Ministério Público se a denúncia será realizada ou voltará ao Drade para novas investigações.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp