Video: Moro é chamado de “juiz bandido” durante campanha em feira no Paraná

O ex-ministro da Justiça e atual candidato a senador pelo Paraná, Sérgio Moro, foi alvo de revolta de manifestantes neste sábado, 6. Ele fazia campanha corpo a corpo em uma feira num bairro nobre de Curitiba quando algumas pessoas recriminaram as ações dele durante a investigação da Lava Jato, que condenou o ex-presidente Lula à prisão, e a postura dele quando era magistrado da Justiça Federal.

“Bandido, vaza jato! Vai, ô bandido! ladrão! Vai ser preso! Esse cara é das falcatruas antigas, mas o Brasil caiu  ficha, ninguém dá bola para esse babaca mais. Operação mentirosa, operação de bandido. Prendeu o Lula e foi para ser ministro. Que bonito, que bonito! Tirou o principal candidato da eleição e foi ser ministro. Que bonito, que bonito”, diz o homem que gravou o vídeo. Ninguém refutou as acusações para defendê-lo.

Durante cerca de quatro minutos do vídeo publicado na internet, o grupo de pessoas acompanha Moro. O ex-juiz não responde as acusações, mas decide entrar no carro e ir embora após alguns metros sendo criticado. Ele estava acompanhado por uma equipe de três pessoas, aparentemente registrando imagens para propaganda eleitoral.

Aclamado em boa parte do país há alguns anos por causa da Operação Lava Jato, Moro atualmente tem a postura questionada por boa parte da população. O Supremo Tribunal Federal (STF) chegou a considerar parcial o julgamento realizado por ele. Na esteira da popularidade, Sérgio pediu exoneração do cargo público para assumir o posto de ministro do governo Bolsonaro. A saída dele ocorreu após desgastes com o presidente Jair. 

Ele decidiu tentar entrar para o Legislativo no pleito deste ano, porém as negociações foram complicadas. Inicialmente, a disputa seria pelo União Brasil para uma cadeira por São Paulo no Senado. Os planos foram frustrados por uma anulação do registro por fraude na indicação do domicílio já que ele nunca morou na capital paulista. 

O ex-juiz optou por migrar ao Podemos para se tornar senador pelo Paraná. Quando ministro, ele afirmou que nunca entraria para a política. A esposa dele, Rosângela Moro, tenta surfar na onda da fama do marido para se eleger candidata a deputada por São Paulo. Há um pedido de impugnação do registro dela.  

Assista ao vídeo abaixo:

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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