Vídeo mostra momento em que brinquedo cai no Parque Mutirama; Veja

A cabeleireira Alessandra Rosa Souza, uma das vítimas do acidente no Parque Mutirama, gravou um vídeo que mostra o momento da queda do brinquedo Twister, que deixou 13 feridos nesta quarta-feira (26). Nas imagens, é possível ver quando o brinquedo começa a desestabilizar e o que antes eram risadas de diversão, se tornam gritos de pânico após o brinquedo atingir o chão.

Em relato à TV Anhanguera, Alessandra contou que o equipamento acelerou repentinamente e, em seguida, parou de forma brusca. “O brinquedo não estava parando, e ele começou a rodar muito rápido e muito alto. Ele, ao invés de circular assim [na horizontal], ele começou a girar como uma roda gigante. Foi a hora que ele chocou no chão, e nós ficamos dependuradas”, contou. A cabeleireira estava com a filha e duas amigas.

O acidente

A queda do Twister aconteceu por volta das 13h30. Após o acidente, o local foi isolado para perícia e, por volta das 17h30, o prefeito de Goiânia Iris Rezende (PMDB) anunciou a interdição do parque por tempo indeterminado.

Antes desse horário, os brinquedos continuaram funcionando normalmente e o público permaneceu circulando no parque. O chefe do gabinete da Agência Municipal de Turismo, Eventos e Lazer (Agetul) Carlos Magno Calixto disse, horas antes do anúncio de Iris, que o caso se tratava de um acidente e que o parque não pararia de funcionar.

De acordo com o diretor do Instituto de Criminalística, Rodrigo Medeiros, a estrutura que sustenta o brinquedo partiu ao meio e metade das cadeiras atingiram o chão, enquanto o restante ficou suspenso. “Se o eixo estivesse intacto, ele resistiria todo o peso do equipamento, sem dúvidas. E é isto que vai ser avaliado, como ele estava no momento em que houve o rompimento”, avaliou o diretor.

Feridos

Inicialmente, 11 pessoas foram atendidas no local, conforme informações da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Porém, conforme as unidades de saúde foram chegando, outras duas mulheres que acompanhavam vítimas perceberam escoriações e também foram atendidas.

As vítimas foram encaminhadas para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol) e Centro de Referência em Ortopedia e Fisioterapia (Crof).

No Hugo, até o início da noite de quarta-feira (26), uma menina de 9 anos tinha estado de saúde grave e estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Já um homem de 49 anos tinha estado regular e passava por reavaliação.

Ainda na mesma unidade, uma mulher de 50 anos, que teve fratura exposta na perna, passou por uma cirurgia de quatro horas. Segundo a SMS, apesar da gravidade do caso, ela não precisou ter o membro amputado.

Dos 11 feridos, oito receberam alta, tendo, em sua maioria, luxações e escoriações.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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