Vídeo mostra quando policial dá ‘mata-leão’ em maqueiro preso por desacato após confusão em atendimento de grávida em maternidade de Goiânia
Delegado disse que não houve denúncia por parte dos funcionários de abuso de autoridade. Polícia Militar informou que conduta foi necessária ‘assegurar o cumprimento’ da ocorrência na maternidade.
Vídeo mostra quando policial dá ‘mata-leão’ em maqueiro preso por desacato após confusão
Um vídeo de câmeras de segurança mostra quando um dos policiais militares dá um golpe “mata-leão” em um maqueiro da Maternidade Célia Câmera, em Goiânia. Ele foi detido, após tentar impedir a prisão de uma colega enfermeira. Valteir Vieira dos Santos contou para a TV Anhanguera como a confusão começou.
“Hora que o policial chegou lá, a enfermeira explicou que a paciente tinha sido atendida, medicada e estava com a pulseira verde e queria passar na frente das outras mãozinhas”, disse o maqueiro.
A Polícia Militar de Goiás (PM-GO), por meio de nota, informou que os funcionários recusaram fornecer informações para o registro dos fatos, o que teria comprometido o andamento da ocorrência. “Tal conduta exigiu medidas adicionais por parte dos policiais para assegurar o cumprimento das determinações legais e o restabelecimento da ordem” (veja nota na íntegra ao final do texto).
Nas imagens exclusivas da TV Anhanguera mostram ainda quando a enfermeira Fabiana Ribeiro conversa com os policiais militares. Na sequência, ela se dirige para um corredor e é puxada pelo policial.
O militar segura a enfermeira e tenta colocar os braços dela para trás, com o auxílio do colega. Outros funcionários intervêm, inclusive o maqueiro Valteir Vieira, que é imobilizado pelo outro policial pelo pescoço. Fabiana lamentou o episódio.
“Não precisava disso tudo. Era uma situação que estava para ser contornada com conversa. A gente está se sentindo injustiçado, por conta de toda essa situação”, ressaltou a enfermeira.
Fabiana lamenta o constrangimento que passou dentro da Maternidade Célia Câmara, que enfrenta uma crise financeira intensificada nos últimos dias com a prisão da alta cúpula da Saúde municipal.
“Eu estava no meu ambiente de trabalho, prestando uma assistência, que com certeza, eu nunca deixei a desejar. Eu estava prestando serviço à comunidade e ao município, que inclusive não pagou os nossos salários. E, nosso décimo terceiro está atrasado”, pontuou a enfermeira.