Vídeo: Mulher denúncia larvas em embalagem de carne à vácuo

Uma auxiliar de enfermagem viralizou nesta semana após compartilhar um vídeo em que mostra uma embalagem de carne à vácua repleta de larvas, em Itanhaém, no litoral de São Paulo. Depois de perceber que o produto que havia comprado em um supermercado estava improprio para o consumo, Kelly Beck Tofteraa, de 36 anos, decidiu voltar ao local.

Ao chegar no estabelecimento, ela pediu para que os funcionários abrissem as outras embalagens que também estavam com vermes, para que jogassem toda a carne em um tanque. Depois de fazerem isso, ela fez com que eles jogassem cloro no produto, a fim de que ninguém mais o comprasse. O procedimento é considerado de praxe quando há a intenção de torná-lo impróprio para consumo.

Não obrigatório jogar cloro em carnes

Ao G1, o médico veterinário pós-graduado em Vigilância Sanitária e Controle da Qualidade dos Alimentos Paulo Alberto Torres Globo, explicou que o mercado não tem obrigação de jogar cloro nas carnes porque a cliente solicitou.

“A obrigatoriedade do supermercado é ressarcir ou trocar o produto. Ela não tem poder de obrigar e eles não teriam obrigação de fazer isso. Se foi em uma peça à vácuo, eles teriam que ter entrado em contato com o fornecedor para identificar como essa larva foi parar lá dentro”, disse.

Em nota, o Mercado Extra disse que, em relação ao descarte da carne, que a forma que foi feito o procedimento, apesar de ter sido realizado atendendo a uma solicitação do cliente, não condiz com as políticas e diretrizes de segurança alimentar da companhia. O processo correto foi reforçado junto ao time da loja em questão.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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