Vídeo: “Não vi sinalização” diz motorista do ônibus envolvido em acidente na BR-153

O motorista do ônibus que caiu no córrego Santo Antônio última sexta-feira (24/12), diz não ter visto sinalização antes do trecho em obras, na BR-153, em Aparecida de Goiânia. O veículo com 50 passageiros seguia com destino à Goiânia e, posteriormente, para Brasília.

Em depoimento à polícia civil, Edimar Carlos da Mota, ainda no hospital, alega não saber que pista estava interditada.

“ Como tinha uns 15 dias que eu não passava aqui, eu não sabia que essa pista estava interditada. Na última vez que eu passei não estava assim” disse o Edimar.

Ele também contou que quilômetros antes do trecho não tinha sinalização.

“Não vi sinalização para trás. Pela minha experiência, todo quilometro para trás exige uma sinalização e dessa vez não tinha (..). Joguei para a direita, que é onde eu tinha opção de sair. Na esquerda tinha os trabalhadores ali, tinha caminhão da obra, então eu joguei para a direita”, contou.

Em um áudio divulgado pela Delegacia Especializada em Investigação de Crimes de Transito em Goiânia (DICT), por volta dás 21h22 do dia anterior ao acidente, o motorista relatou que o ônibus estaria com problemas no freio.

“Observação: Muita chuva e o carro está com problema de freio, freando só um lado. Então, nós estamos indo só no sapatinho (velocidade reduzida) para evitar transtornos maiores”, dizia o motorista no áudio.

A delegada Adriana Fernandes de Carvalho, disse que a delegacia vai solicitar à empresa Real Expresso que apresente a cartela de horários do motorista, para investigar se há excesso de trabalho.

A polícia também apura se alguma atitude foi tomada quando o motorista reclamou dos freios.

Outro áudio

Em um outro áudio fornecido à DICT, pela filha de uma das vítimas do acidente, Aparecida Ribeiro de 63 anos, diz que o ônibus estava com problemas e que iria demorar chegar no destino.

O áudio é referente a uma viagem feita por Aparecida no dia 11 de novembro, no ônibus da mesma linha e mesma empresa do acidente, Real Expresso.

Nele, a senhora diz para a filha que o ônibus estava estragado, mas mesmo assim o motorista seguiria viagem.

“Atrasou demais, era pra sair 15 pras quatro. Dizendo o motorista que 00h30 nós chega aí, mas eu acho que não. Ele disse que o ônibus tá com um probleminha aí, que vai andar mais devagar pra tentar chegar aí, vamos ver né”, relata Aparecida.

Relembre o caso

Por volta das 2h, desta sexta-feira (24), um acidente grave deixou seis mortos no km 508 da BR 153, em Aparecida de Goiânia. Um ônibus da empresa Real Expresso, que faz o trecho São Paulo – Brasília, colidiu com a viatura da empresa de pedágio Concessionária Triunfo Concebra e com um caminhão, que seguia no sentido oposto da via. Após a colisão, o ônibus caiu no córrego Santo Antônio.

Além das vítimas fatais, cerca de 30 pessoas ficaram feridas, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). No momento do acidente, chovia e havia um desvio no local para reparar problemas estruturais na via.

Assista ao vídeo do motorista:

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Torcedores jogam cabeça de porco em jogo de Corinthians x Palmeiras

Durante a vitória do Corinthians por 2 a 0 sobre o Palmeiras na Neo Química Arena, em São Paulo, um incidente chocante marcou o jogo. Torcedores do Corinthians lançaram uma cabeça de porco no campo, gerando grande controvérsia e indignação.

Segundo testemunhas, o incidente ocorreu começou antes do início do jogo, quando a cabeça de porco foi arremessada por um homem em uma sacola por cima das grandes do setor sul.

A Polícia Civil solicitou ao Corinthians o acesso às imagens da câmera de segurança para identificar todos os responsáveis pelo ato. Dois torcedores foram levados ao Juizado Especial Criminal (Jecrim) e, após depoimentos, foi proposto uma transação penal no valor de R$ 4 mil ao Ministério Público, mas eles não aceitaram e negaram ter participado do ato.

Um dos suspeitos da provocação foi identificado como Rafael Modilhane, que teria comprado e arquitetado o ataque ao time rival. Um vídeo compartilhado nas redes sociais mostra que o torcedor comprou o item em um açougue e mencionou o plano para jogar a cabeça no gramado.

“Sabe aquela cabeça de porco que postei mais cedo? Vocês vão ver o que vai acontecer com ela. A gente é louco mesmo. Se for para mexer com o psicológico de vocês [jogadores], nós vamos mexer.”, afirmou Modilhane.

Confira o vídeo:

Pelo artigo 201 da nova Lei Geral do Esporte, os torcedores envolvidos podem responder por “promover tumulto, praticar, incitar a violência e invadir local restrito aos competidores, com possível penas de até seis meses de prisão ou multa”. Cabe agora a decisão do Ministério Público se a denúncia será realizada ou voltará ao Drade para novas investigações.

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