Última atualização 14/02/2022 | 17:08
O padre Celso Leonel Carpenedo, de Itapuranga, criticou os deputados federais que votaram a favor do projeto de lei 6.299/2002, o “pl do veneno”, como ficou conhecido. Durante a missa deste domingo (13), o religioso disse que a população está doente pela quantidade de veneno nos alimentos.
Segundo o padre, os deputados compram apenas alimentos orgânicos “é uma comida 30, 40% mais cara. Mas eles têm dinheiro para bancar esse tipo de alimentação. Enquanto isso, o povo come veneno. É uma praga, uma maldição”, afirmou. Carpenedo disse ainda “A vida de vocês diz respeito à igreja. A saúde de vocês diz respeito à igreja. Se nós não defendermos a saúde, que religião é essa? Que fé é essa?”, justificando a fala.
O projeto de lei foi aprovado na última quarta-feira (9) na Câmara dos Deputados e depende da aprovação no Senado Federal. Apenas dois deputados goianos votaram contra: Rubens Otoni (PT) e Elias Vaz (PSB). Os deputados Lucas Vergílio (Solidariedade) e Flávia Morais (PDT) se abstiveram.
O padre concentrou suas críticas ao deputado Francisco Júnior (PSD). Católico, ele faz parte da Frente Parlamentar Católica no Congresso Nacional. Após ler o nome e voto de cada um, Carpenedo afirma que Francisco Júnior “Não obedece sequer o papa [Francisco]. Não obedece a carta do papa, Laudato Si, que pede a diminuição dos venenos”.
Ao jornal Diário do Estado, o deputado Francisco Júnior afirma que a nova lei concede mais transparência nos registros e possibilita o acompanhamento eletrônico dos processos.
Segundo ele, a lei “atualiza as normas e regras sobre o uso de defensivos agrícolas no nosso país, para corrigir falhas nos processos, ajustar prazos e reduzir a burocracia, que só encarecem o que produzimos”. Além disso, o deputado afirma que o mais importante do projeto aprovado é a análise de risco dos defensivos.
Como votaram os goianos
Foram 301 votos a favor da matéria, 150 contra e duas abstenções. Os deputados goianos que votaram a favor são:
- Adriano do Baldy (PP);
- Célio Silveira (PSDB);
- Dr. Zacharias Calil (DEM);
- Glaustin da Fokus (PSC);
- José Mario Schrein (DEM);
- Professor Alcides (PP);
- Vitor Hugo (PSL);
- Alcides Rodrigues (Patriota);
- Delegado Waldir (PSL);
- Francisco Jr. (PSD);
- João Campos (Republicanos);
- José Nelto (Podemos);
- Magda Mofatto (PL);
Apenas os deputados Rubens Otoni (PT) e Elias Vaz (PSB) votaram contra. As abstenções foram dos deputados Lucas Vergílio (Solidariedade) e Flávia Morais (PDT).
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