Diversos vídeos que circulam nas redes sociais mostram moradores de Goianira descendo do transporte coletivo, após ônibus quebrarem no meio do trajeto. No dia quatro de janeiro, por exemplo, a empresa responsável por um ônibus que estourou o pneu, na GO-070, enviou um segundo veículo, mas este também apresentou defeito e teve que parar de rodar. Além disso, no mesmo dia, outro veículo quebrou na GO-060. Apenas em janeiro, foram registrados pelo menos outros quatro casos de ônibus quebrados no meio do trajeto, em linhas que passam por Goianira.
No dia 12 de janeiro, na GO-070, outro veículo teve problemas enquanto percorria a linha no início da manhã. No dia 15, um veículo também precisou parar, desta vez nas proximidades do posto da Polícia Rodoviária. Há seis dias, outro veículo parou de rodar por causa de defeito, próximo ao Hugol, em Goiânia. No dia 20, sábado, houve registro de um ônibus quebrado na GO-070, setor Cora Coralina, sentido Goianira.
Além disso, há ainda vídeos registrando fumaça que saía de um ônibus no terminal de Goianira. Dessa forma, na última sexta-feira (21), passageiros se revoltaram no Terminal Padre Pelágio. “Todo mundo querendo ônibus para ir para Goianira”, diz uma passageira que registrou a manifestação em vídeo.
Outro vídeo, também deste ano, mostra gotejamento de água da chuva no teto de um ônibus superlotado. Nos comentários da publicação em rede social, uma moradora diz que o problema é recorrente.
“Todo dia é isso. Uma humilhação. A gente tem que levar um pano ou papel, na mochila, para secar o banco. Isso quando consegue sentar. Se ficar em pé, molha também com as ‘goteiras’”, comenta a passageira.
Problema antigo em Goianira
Em outubro do ano passado, o DE apontou o problema não só de falhas nos veículos, mas também de superlotação. Na época, a Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC), disse que enfrentava problemas para fazer a manutenção dos veículos e, por isso, nem todos os ônibus da frota estavam circulando. Informou ainda que havia intensificado a fiscalização para normalizar o serviço.
Manutenção dos ônibus
Questionada sobre a possibilidade da substituição dos ônibus antigos e que apresentam defeito, a CMTC informou em nota que, no momento, a Metrobus não apresentou “nenhum plano de renovação da frota e sim um plano de recuperação e manuntenção”.
Ainda de acordo com a Companhia, todos os ônibus estão incluídos neste plano, que teve início em outubro de 2021. A data de término está prevista para 30 de janeiro, próximo domingo.
Nesse sentido, o DE procurou a Metrobus para entender quando os ônibus do eixo Goianira passarão por esta recuperação. No entanto, a nota de resposta não informou tais datas. Afirmou que faz diariamente o monitoramento de demandas dos passageiros e manutenção dos veículos. Sobre a renovação da frota, a Metrobus afirmou que vem fazendo testes com ônibus elétricos. “Modelo escolhido para substituição ainda em 2022 dos ônibus que circulam no Eixo Anhanguera e suas extensões”, informa o texto.
Confira vídeos dos problemas nos veículos
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Confira a nota da CMTC, sobre os ônibus de Goianira, na íntegra:
“A CMTC informa que neste momento não nos foi apresentado pela Metrobus nenhum plano de renovação de frota e sim um plano de recuperação e manutenção da frota, iniciado em Outubro/2021, a primeira etapa prevista para finalizar em 30/01/2022”.
Confira a nota da Metrobus na íntegra:
“- A Metrobus informa que realiza diariamente um constante monitoramento da demanda de passageiros nos terminais, estações e nas suas extensões para evitar aglomerações e lotações nos ônibus. A empresa afirma que realiza manutenção diária de toda sua frota e que sempre que acontece qualquer problema com os seus veículos, altera a programação operacional.
– Em relação ao questionamento da renovação da sua frota, a Metrobus lembra que desde o dia 17 de janeiro vem realizando uma série de testes com um ônibus 100% elétrico, modelo escolhido para substituição ainda em 2022 dos ônibus que circulam no Eixo Anhanguera e suas extensões. A iniciativa é implementada pelo Governo do Estado, por meio da Metrobus, em parceria intermediada pela Secretaria-Geral da Governadoria (SGG), com o consórcio formado pelas empresas Enel X, Marcopolo e Consórcio HP-ITA (Urbi Mobilidade Urbana)”.