Vídeo: Polícia Civil investiga esquema criminoso no uso de agrotóxicos

A Polícia Civil do Estado de Goiás investiga um esquema criminoso responsável pela venda ilegal de agrotóxicos usados ​​na alimentação do gado. De acordo com a apuração da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon), os produtos, que deveriam ser utilizados em lavouras são misturados à ração animal para combater pragas como moscas e carrapatos.

Segundo investigações, essa prática é prejudicial à saúde de bovinos e humanos, pois os agrotóxicos utilizados contêm substâncias tóxicas, inclusive cancerígenas. Entre os alvos incluem empresários, agrônomos, veterinários e proprietários rurais. Na operação realizada nesta terça-feira (06), foram fiscalizadas quatro empresas goianas e uma empresa Jaraguá.

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Ao final, os suspeitos podem responder por crime contra as relações de consumo e associação criminosa, além da possível interdição das empresas, multa e suspensão e/ou exclusão da habilitação para desempenho das profissões. A operação contou com o apoio da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), Conselho Regional de Medicina Veterinária de Goiás (CRMVGO), Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREAGO) e da Delegacia de Polícia Civil de Jaraguá.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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