Vídeo: Polícia prende suspeitos de vender carne de cavalo entre Guapó e Varjão

Quatro homens foram presos em um abatedouro clandestino de cavalos em uma fazenda entre Guapó e Varjão, a 57 km de Goiânia. A carne dos animais eram moídas e comercializadas em açougues da região. O caso ocorreu no sábado, 16, mas só foi divulgado nesta segunda-feira, 18.

De acordo com o Batalhão da Polícia Militar Rural (BPMR), durante um patrulhamento de rotina, eles se depararam com uma Saveiro, que estava com a carroceria cheia de sacos pretos sujos de sangue. Ao tentar realizar a abordagem, os criminosos efetuaram fuga.

Após alguns quilômetros de perseguição, os militares conseguiram com que os suspeitos parassem o veículo. Ao verificar o que tinha dentro dos sacos, foi encontrado quatro cabeças de cavalos, couros e buchadas.

Cabeças de cavalos, couros e buchadas encontradas no abatedouro clandestino. (Foto: Divulgação BPMRural)

 

Ao serem questionados, os criminosos informaram que compravam os animais por R$ 300,00 e após o abate vendiam a carne deles por quilo, totalizando R$ 1.300,00.

Ainda segundo os militares, os suspeitos informaram que um intermediário comercializava essa carne. Ela era moída e utilizada para fazer hambúrguer, linguiça e outros alimentos processados.

Além disso, eles relataram que a chácara, onde era realizada os abates, era emprestada por um amigo. Lá, os militares encontraram vários ossos, gasolina, luvas e outros objetos próprios para o abate dos cavalos.

Um dos suspeitos presos por comercialização de carne de cavalo na região de Guapó e Varjão. (Foto: Divulgação / PM)

Diante disso, os três homens que realizavam o abate e o que emprestava a chácara foram presos. Eles devem responder por crime contra a relação de consumo, cuja pena máxima pode chegar a cinco anos de reclusão.

Vídeo:

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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