Vídeo: Policial é condenado a sete anos, após morte de marceneiro

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Vídeo: Policial é condenado a sete anos, após morte de marceneiro

O policial Lucimar Correia da Silva recebeu condenação de sete anos de prisão, em regime semiaberto, após a morte do marceneiro Wallacy Maciel de Farias, de 24 anos. Ele também foi exonerado de seu cargo. O caso aconteceu em setembro de 2017, no residencial Canadá, em Goiânia. Na última quarta-feira, 27, saiu a definição da sentença.

A condenação do policial militar

O policial Lucimar Correia da Silva fazia parte da Polícia Militar (PM), no cargo de sargento. Durante uma abordagem há cinco anos, o agente mandou Wallacy parar. O jovem, que estava indo visitar a namorada, freou o veículo. Em imagens de câmeras de segurança, é possível ver policiais atirando no marceneiro antes mesmo de chegarem até ele.

Na versão da época, a PM afirmou que houve uma troca de tiros entre as partes, mas o vídeo mostrou outra situação. Portanto, membros do júri popular, em sessão presidida pelo juiz Antônio Fernandes de Oliveira, efetuaram a condenação de sete anos de prisão.

O advogado de Lucimar, Ricardo Naves, contou ao g1 que recorrerá da decisão por julgar a pena muito pesada, alegando que ocorreu um “quase confronto” e dizendo não haver prova substancial nos autos. No entanto, trechos da sentença afirmam que Lucimar confessou a autoria dos crimes em todas as vezes que foi interrogado.

Confira o momento da abordagem no residencial Canadá:

 

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Sikêra Jr é condenado a 2 anos de prisão por discurso de ódio contra LGBTs

A Justiça do Amazonas condenou o apresentador José Siqueira Barros Júnior, conhecido como Sikêra Jr, da TV A Crítica, a uma pena de 2 anos de prisão por incitação ao ódio contra a comunidade LGBTIQAP+. A decisão, proferida pela juíza Patrícia Macedo de Campos da 8ª Vara Criminal de Manaus, atendeu à denúncia do Ministério Público.

A condenação se baseou em discursos ofensivos e preconceituosos proferidos por Sikêra Jr durante seu programa “Alerta Nacional”, transmitido em rede nacional. Em suas declarações, ele usou termos odiosos e preconceituosos, como “Já pensou ter um filho viado e não poder matar” e “Vocês não tem filhos. Vocês não vão ter filhos. Vocês não reproduzem. Vocês não procriam e querem acabar com a minha família”. Além disso, ele disse: “Se dê o respeito, se dê o respeito. Se você quer dar esse rabo, dê. Mas não leve as crianças não. Cabra safado Bando de raça do cão.

A Promotora de Justiça Lucíola Valois Honório Coelho Veiga Lima, na peça acusatória, destacou que essas declarações incitaram a discriminação de raça e violaram os direitos garantidos à comunidade LGBTIQAP+. As declarações foram feitas nos dias 18 e 25 de junho de 2021.

Defesa

Sikêra Jr alegou que suas palavras foram mal interpretadas e que não teve a intenção de ofender. Ele argumentou que os comentários estavam voltados à crítica de uma campanha publicitária da Burger King que envolvia a participação de crianças em um contexto de normalização de casais homoafetivos. No entanto, a decisão judicial afirmou que, mesmo que o réu não concorde com a orientação sexual de terceiros, isso não lhe confere o direito de ofender ou propagar discursos de ódio.

A pena de prisão foi substituída por medidas restritivas de direitos, e Sikêra Jr também foi condenado a 200 dias de multa, trabalho voluntário e recolhimento domiciliar noturno. A decisão é passível de recurso.

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