Vídeo: produtores de Gameleira de Goiás derramam galões de leite na sede da Enel

Devido a quedas recentes de energia, produtores rurais da cidade de Gameleira, em Goiás, protestaram no interior da unidade da Enel Distribuição de Energia. Eles reivindicaram melhor qualidade no serviço oferecido pela empresa, que afeta diretamente a preservação do leite para a comercialização.

Em nota enviada ao Diário do Estado, a Enel declarou:

“A Enel Distribuição Goiás informa que o fornecimento de energia no povoado Gameleira está integralmente normalizado. A companhia reforça que respeita a manifestação e está aberta ao diálogo com os produtores de Gameleira para receber as demandas e apresentar as soluções necessárias.

A distribuidora esclarece que realizou contato com alguns moradores da região na manhã de ontem (10) para explicar sobre os trabalhos que foram realizados. A companhia informa que equipes seguem trabalhando na região, inspecionando trechos da rede que abastece Gameleira, inclusive usando drones, e realizando as manutenções necessárias para garantir a estabilidade do fornecimento de energia.

Técnicos já realizaram podas, corrigiram defeitos na rede e regularam equipamentos. A empresa ressalta que o local é de difícil acesso, inclusive com áreas de brejo, e que a rede é extensa. Adicionalmente, a distribuidora está preparando um plano de ações para atuar nos equipamentos com maior reincidência de falhas na região.

A companhia acrescenta que registrou algumas ocorrências de falta de energia na região nos últimos dias. Em todos os casos, equipes foram mobilizadas para o trabalho imediatamente. Contudo, a queda de árvores, que interditaram a BR-040, impediu que as equipes técnicas acessassem a rede elétrica em alguns pontos, até que a pista fosse liberada. Além disso, com as fortes chuvas e ventos que atingiram o povoado nos últimos dias, árvores de grande porte e outros objetos caíram sobre a rede, quebrando postes e rompendo cabos em vários pontos”.

A Enel informou também que um raio queimou um transformador na Subestação São Bartolomeu, mas que já está trocando o equipamento.

Veja:

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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