Uma quadrilha foi alvo de uma operação na última sexta-feira, 23, após se passar pelo Delegado-Geral da Polícia Civil (PC), Alexandre Pinto Lourenço, a fim de extorquir vítimas por meio do “golpe dos nudes”, também conhecido como sextortion.
Ao todo, a operação batizada de ‘Delegado Fake’, cumpriu 16 mandados judiciais, sendo oito de prisões cautelares (cinco temporárias e três preventivas) e oito de busca e apreensão. Os mandados foram cumpridos no Rio Grande do Sul, nas cidades de Porto Alegre, Charqueadas, Taquara, Viamão, Guaíba e Osório.
A corporação identificou cinco vítimas, sendo três de Goiânia, uma de São Paulo e outra do Amazonas. Contudo, calcula-se que o número de vítimas atingidas no país passe de 2 mil.
Como era aplicado o golpe:
As vítimas recebiam contato do suspeito por meio de redes sociais diversas. O criminoso se apresentava como uma mulher e, depois do primeiro contato, enviava imagens de nudez, se passando pela jovem. Depois disso, um homem se apresentava como pai da menina e informava para a vítima que iria à delegacia denunciar os fatos, já que a filha seria menor de idade.
Momentos depois, uma outra pessoa fazia contato com a vítima informando ser o delegado que investigava o caso e, para “resolver” a situação do inquérito e evitar a prisão, exigia valores. Coagida, a vítima transferia os valores. Os criminosos, durante um dos golpes, chegaram a usar o nome e fotos do Delegado-Geral da PC, Alexandre Lourenço, se passando pela autoridade para praticar as extorsões.
Os investigados poderão responder por extorsão majorada, associação criminosa, falsa identidade e lavagem de capitais. Caso sejam condenados, os criminosos podem pegar uma pena de até 24 anos de prisão.
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