Vídeo: surfista é acusado de roubo no Rio de Janeiro

Vídeo: surfista é acusado de roubo no Rio de Janeiro

O surfista Matheus Arpex foi acusado de ter roubado uma bicicleta elétrica de um casal quando estava indo encontrar a namorada no Leblon, bairro nobre da Zona Sul do Rio de Janeiro. Os jovens brancos se aproximaram do surfista e o acusaram de ter roubado o veículo. O caso ocorreu no último sábado, 12.

Em uma publicação, Matheus desabafou sobre o caso de racismo. Ele afirma que o rapaz se aproximou já afirmando que ele havia “pegado” a bicicleta da companheira. O surfista compartilhou um vídeo do momento da acusação

Matheus negou a acusação do casal e ainda procurou em seu celular fotos que provassem que a bicicleta era dele. “Eu sem entender nada, fui tentar mostrar para os dois que a bicicleta é minha, com fotos antigas com ela, chave, o que foi possível naquele momento”, desabafou o surfista na publicação, que já tem mais de 36 mil curtidas.

Após declarar diversas vezes que ele não havia roubado a bicicleta da moça, o namorado dela, sem a autorização de Matheus, se aproximou do veículo e tentou abrir a tranca de segurança com uma chave.

Após a chave não conseguir abrir a tranca, o rapaz começou a se justificar, falando que não havia “acusado” Matheus de roubo, que só estava “perguntando”.

“Ela não tem ideia de quem levou sua bicicleta, mas a primeira coisa que vem a sua cabeça é que algum neguinho levou”, disse Matheus.

 

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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