Vídeo: Vereador detido em piscina por racismo diz que crime foi inventado

Vídeo: Vereador detido em piscina por racismo diz que crime foi inventado

O vereador Renato Oliveira (MDB), presidente da Câmara Municipal de Embu das Artes, no interior de São Paulo, detido no último domingo (23/1) por injúria racial, disse que os moradores do condomínio onde ocorreu a confusão “inventaram o crime”.

Em um vídeo publicado nas redes sociais, o parlamentar disse que a confusão ocorreu em função de um som alto próximo a piscina. Ele alegou que alguns moradores “não aceitam pessoas da comunidade ocupando o espaço que só a elite ocupava” e por isso “inventaram o crime”.

“Tenho certeza que eles não aceitam o fato de ter alguém da comunidade, que veio da favela, ocupando espaços que antigamente só a elite ocupava. E eu, como permaneci firme ali, onde era o meu direito de tirar o meu descanso, eles acionaram a PM” disse.

Para a Polícia Militar (PM), testemunhas contaram que o parlamentar ofendeu moradores e um funcionário do espaço com frases racistas. Após as ofensas, os moradores pediram que o vereador se retirasse da piscina e chamaram a polícia.

Entretanto, o parlamentar afirma que sequer conversou com o funcionário citado. E completou dizendo que abomina o racismo.

“Todos vocês que me conhecem sabem do respeito e do carinho que tenho por todas as pessoas. E eu jamais faria alguma coisa que eu abomino, que é o racismo”, afirmou.

Em nota, a PM informou que o vereador resistiu à prisão e foi conduzido para a 32º Delegacia de Polícia de Taquara, onde foi autuado por injúria, preconceito e resistência à prisão.

Após o registro da ocorrência na delegacia, o emedebista foi liberado e o inquérito contra ele foi encaminhado para a Justiça do Rio de Janeiro.

Veja o vídeo:

Relembre o caso

Renato Oliveira (MDB) foi detido dentro de uma piscina de um condomínio em Curicica, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. A confusão foi registrada em vídeos que estão circulando nas redes sociais.

A ação dos policiais foi aplaudida por testemunhas.

Tentativa do Homicídio

Segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo, além do inquérito em Curicica, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, o vereador também é investigado por tentativa de homicídio contra o jornalista Gabriel Binho.

O caso ocorreu no dia 28 de dezembro de 2017. Na ocasião, o jornalista voltava de Embu das Artes para São Paulo de moto, quando um automóvel o atingiu. Renato foi indiciado pela Polícia Civil como suspeito do atentado em 2018.

Na época, Renato Oliveira era subsecretário de comunicação da Prefeitura de Embu, e foi exonerado do cargo.

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Torcedores jogam cabeça de porco em jogo de Corinthians x Palmeiras

Durante a vitória do Corinthians por 2 a 0 sobre o Palmeiras na Neo Química Arena, em São Paulo, um incidente chocante marcou o jogo. Torcedores do Corinthians lançaram uma cabeça de porco no campo, gerando grande controvérsia e indignação.

Segundo testemunhas, o incidente ocorreu começou antes do início do jogo, quando a cabeça de porco foi arremessada por um homem em uma sacola por cima das grandes do setor sul.

A Polícia Civil solicitou ao Corinthians o acesso às imagens da câmera de segurança para identificar todos os responsáveis pelo ato. Dois torcedores foram levados ao Juizado Especial Criminal (Jecrim) e, após depoimentos, foi proposto uma transação penal no valor de R$ 4 mil ao Ministério Público, mas eles não aceitaram e negaram ter participado do ato.

Um dos suspeitos da provocação foi identificado como Rafael Modilhane, que teria comprado e arquitetado o ataque ao time rival. Um vídeo compartilhado nas redes sociais mostra que o torcedor comprou o item em um açougue e mencionou o plano para jogar a cabeça no gramado.

“Sabe aquela cabeça de porco que postei mais cedo? Vocês vão ver o que vai acontecer com ela. A gente é louco mesmo. Se for para mexer com o psicológico de vocês [jogadores], nós vamos mexer.”, afirmou Modilhane.

Confira o vídeo:

Pelo artigo 201 da nova Lei Geral do Esporte, os torcedores envolvidos podem responder por “promover tumulto, praticar, incitar a violência e invadir local restrito aos competidores, com possível penas de até seis meses de prisão ou multa”. Cabe agora a decisão do Ministério Público se a denúncia será realizada ou voltará ao Drade para novas investigações.

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