Vídeo: Vereadora canta música em apoio a Bolsonaro e associa mulheres da esquerda a cadelas 

Vídeo: Vereadora canta música em apoio a Bolsonaro e associa mulheres da esquerda a cadelas 

Um vídeo gravado por uma vereadora em apoio à reeleição de Bolsonaro como presidente está causando um burburinho dentro e fora da internet. Na gravação, a vereadora de Montenegro, no Rio Grande do Sul, Camila Oliveira (Republicanos), canta e dança dentro da Câmara Municipal uma música em que associa as mulheres da esquerda a animais.

“As mina de direita são as top mais bela, enquanto as de esquerda têm mais pelo que cadela. Bolsonaro salta de paraquedas, Bolsonaro Capitão da reserva”, sorri a parlamentar com outras duas mulheres. A associação depreciativa se tornou uma representação por quebra de decoro parlamentar por PSB, MDB e PTB.

A bancada reclama que a mensagem de ódio e preconceito foi gravada dentro da Câmara, espaço em que o respeito, a lei e a igualdade devem ser preservados. Eles pedem medidas disciplinares para punir a colega.  Além disso, uma petição on-line pede a cassação de Camila com base no extrapolamento do debate democrático. Até o momento, 3.741 pessoas já assinaram.  A meta é chegar a 5 mil.

“O repúdio a este ato é pelo vídeo depreciativo em si, mas, também, pelo fato de, ao fazê-lo em um órgão público, ofende a legislação e seus próprios eleitores, demonstrando total desconhecimento de suas obrigações como personagem público. A dita vereadora deve ser submetida ao conselho de ética da Câmara Municipal de Vereadores de Montenegro e denunciada no Ministério Público Estadual”, justificam os organizadores.

A paródia surge em um momento em que o presidente Jair Bolsonaro tenta superar a rejeição em 14 estados, principalmente das mulheres. Levantamentos indicam que elas preferem que Lula comande o País. Uma das estratégias para conquistar o eleitorado feminino é a participação da primeira-dama Michelle Bolsonaro na campanha e apelo à imagem dele como “obediente” aos comandos da esposa. 

Assista ao vídeo completo:

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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