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Vídeo: Vereadora procura delegacia após vídeo de homem ejaculando sobre foto dela

Última atualização 30/05/2022 | 15:10

Uma vereadora de Cruz Alta, no Rio Grande do Sul, procurou uma delegacia após receber um vídeo de um homem ejaculando sobre uma foto dela. As imagens chegaram de um número desconhecido pelo whatsApp de Luirce Cruz, que milita pelas mulheres e dos animais. O acusado ainda não foi identificado e as investigações estão em andamento.

A política fez uma live dias antes de a mensagem pornográfica ser enviada. Ela pediu ao vivo de uma unidade de saúde que as pessoas informassem pelo aplicativo de mensagens se enfrentavam dificuldades em serem atendidas no local. Um dos que se manifestaram foi o abusador.

“Minha foto foi postada em um boomerang há seis meses, a pessoa printou, imprimiu e usou para se masturbar. A legenda é ‘eu também tenho uma reclamação’. Não quero acreditar que tem relação com a live que eu fiz, mas foi muito estranho”, afirmou por meio de seu perfil pessoal no Instagram.

Pela internet, Luirce postou stories condenando a situação e questionou as seguidoras se também já passaram por algum tipo de abuso ou violência de gênero. Ela recebeu uma avalanche de relatos e apoio.  A vereadora se posicionou reafirmando que é mulher, mãe, política e que luta pelas causas da comunidade. “Não vou me calar”, frisou.

Na tarde desta segunda (30), uma vereadora do município sul rio-grandense de Tunas, Luana Neiland, também foi agredida sexualmente pelo whatsApp quando prestou apoio à colega parlamentar. Um homem respondeu a um story da mulher a ameaçando passar pelo mesmo constrangimento. “Vou te mandar um. Quero ver se tu não vai gostar”, escreveu o agressor.

Cruz é presidente do Podemos Mulher no Rio Grande do Sul e recebeu a solidariedade da presidente nacional, Márcia Pinheiro. Segundo ela, se trata de um “ato inadmissível, machista e misógino”, por isso algumas medidas serão tomadas contra o assédio. “Ser mulher no Brasil é viver diariamente sofrendo violências de cunho sexista”, lamentou.

Uma lei federal do ano passado determina a prisão de um a quatro anos mais multa para quem assediar, constranger, humilhar, perseguir ou ameaçar candidata a cargo eletivo ou detentora de mandato eletivo por menosprezo ou discriminação à condição de mulher ou à cor, raça ou etnia com o objetivo de impedir ou de dificultar a campanha eleitoral ou o desempenho do mandato eletivo.

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