A Câmara de Vereadores de Porto Alegre foi invadida nesta tarde (20), por um grupo de pessoas antivacina, durante uma sessão que debatia sobre a obrigatoriedade de apresentar um passaporte vacinal no Rio Grande do sul. A determinação estadual é que seja obrigatório apresentar o documento desde á última segunda-feira (18), porém o prefeito Sebastião Melo vetou a obrigatoriedade do passaporte.
Levantando cartazes com referências nazistas, o grupo entrou na câmara e foi confrontado pelos veadores, que relataram agressão por parte dos manifestantes. O vereador Carlos Janta (SD) afirmou ter sido mordido no dedo por um antivacina. Nas redes sociais, Leonel Radde (PT) e Manuela D’avila registraram a confusão.
“Vereadores foram agredidos durante a sessão por membros de grupos antivacinas, que ostentavam cartazes com os símbolos de suásticas”, escreveu Manuela em uma publicação no instagram. Na publicação, Manuela compartilhou um vídeo onde é possível perceber trocas de socos.
No Twitter Leonel escreveu “Os ‘patriotas’ fazendo apologia ao nazismo na Câmara Municipal de Porto Alegre”, em um vídeo onde o petista aparece segurando um cartaz levado pelo grupo.
Os "patriotas" fazendo apologia ao nazismo na Câmara Municipal de Porto Alegre. pic.twitter.com/uHM4ebpuLI
— Leonel Radde (@LeonelRadde) October 20, 2021
Passaporte viral
Já aplicado em outros países, o mecanismo ainda é motivo de muita discussão no Brasil. Porém, quase 200 municípios adotaram o documento, incluindo São Paulo e Rio de Janeiro. Em entrevista a Jovem Pan, o chefe do departamento de Infectologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e consultor para Covid-19 da Sociedade Brasileira de Infectologia, Alexandre Naime, afirmou que o documento pode aumentar a segurança nos ambientes.
“Uma pessoa vacinada tem menos chances de ter uma Covid-19 grave e, quanto mais leve for o quadro, menor a carga viral. Ou seja, indivíduos vacinados têm a proteção para casos graves e óbitos e transmitem menos o vírus. Além disso, as pessoas vacinadas apresentam maior adesão às medidas de prevenção não farmacológicas. Com isso, o acesso a estabelecimentos mediante comprovante de vacinação aumenta a concentração de pessoas menos suscetíveis à transmissão do vírus no local”, disse ele.
Assista o vídeo das agressões:
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