Última atualização 30/10/2022 | 10:42
A exaltação dos ânimos mesmo antes das eleições já começou. Em 24 horas antes do pleito, a polícia registrou quatro flagrantes de uso de armas por motivação política. Um dos episódios foi em Mineiros, no interior de Goiás, e o outro em Goiânia. A confusão por Laula e Bolsonaro também foi registrada em Santarém, no Pará.
Na capital goiana, o encontro entre manifestantes a favor dos dois presidenciáveis quase virou rixa. Imagens mostram um motorista e um motociclista discutindo enquanto tentavam seguir o fluxo da carreata que passava pela região da Avenida Assis Chateaubriand neste sábado, 29, véspera das eleições. Eleitores paraenses se envolveram em briga generalizada em uma praça de Santarém, no interior paraense. Vídeos registraram um homem vestido com camiseta estampada com rosto de Bolsonaro agredindo com capacete militantes vestido do MDB com bandeiras pró-Lula.
Um empresário foi preso, mas liberado por pagar fiança ao ameaçar um grupo de militantes pela eleição de Lula (PT). Ele foi filmado dirigindo um carro com adesivo do candidato à reeleição e mostra um revólver para os apoiadores do adversário na rua. Segundo o delegado responsável pela investigação, Thiago Escandolhero, o homem não tinha autorização legal para portar o artefato, apenas a posse.
Com a apuração, a equipe chegou a um bar de propriedade do suspeito. Havia um alvo fixo na parede onde o empresário praticava tiro. A parede tinha diversas marcas de balas. Ele responderá ameaça, porte ilegal de arma de foto e disparo de arma em lugar habitado. A munição e o revólver foram apreendidas pela Polícia Civil.
Já em São Paulo, gravações divulgadas na internet neste sábado, 29, mostram quando a parlamentar Carla Zambelli anda em uma rua com revólver em punhho e entra em um comércio para se defender do que chamou de violência contra a mulher praticada por um homem negro . Ela foi levada \á delegacia onde prestou depoimento e foi liberada apesar da proibição de colecionadores, atiradores e caçadores portarem armas 24 horas antes e 24 horas após as eleições, de acordo com resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A apoiadora de Bolsonaro, o segurança pessoal da deputada e o jornalista petista Luan Araújo perseguido discutiram na rua por discordância política. Ela acusa o profissional de tê-la empurrado, embora vídeos mostrem ela tropeçando e se levantando em seguida para correr atrás dela. A perseguição teria começado quando o repórter gritou “Te amo, espanhola”. Na confusão, o segurança disparou contra o homem, que não sofreu ferimentos. A vítima pediu proteção policial.
“Eu não o agredi em momento nenhum. Eu saí do restaurante com o meu filho e agrediram a mim e ao meu filho. Percebi uma movimentação estranha pela janela do restaurante. Um grupo de pessoas olhava em minha direção como se estivesse me desafiando. Não é porque não gosto de me fazer de vítima, que devo normalizar as perseguições e agressões que vêm aumentando a cada dia. O que temos aí não é um crime de racismo, é um crime de agressão contra a mulher. Vou votar armada, inclusive com colete à prova de balas. Eu estarei armada e preparada”, declarou.
Na semana passada, o deputado estadual bolsonarista Amauri Ribeiro (União-GO) prometeu se armar se o resultado nas eleições deste domingo confirmar a vitória de Lula. Ele afirmou que avisou a um amigo petista que tomaria essa decisão porque não quer entregar o País para a bandeira vermelha.
“Falei: ‘Você tá do lado errado e deixa eu te falar, se o seu presidente ganhar, vai acontecer uma guerra civil nesse país, e eu sou um reservista, e se eu for convocado, eu vou para rua e vou empunhar uma arma, Deus que te livre de tá do outro lado”, disse.
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