Vila Cultural Cora Coralina ganha novo mural de grafite

A Vila Cultural Cora Coralina está com um novo painel em suas instalações. Trata-se da obra dos artistas Paulo Paiva e Jhon Paz intitulada “Cerrado Resiste”, que traz um mix de caligrafias de ruas e grafite, entre outros elementos.

O mural de oito metros é uma extensão de um projeto de Paiva, que também é arquiteto e tautador. Ele utiliza diversas linguagens para retratar a resistência dos povos do Cerrado e sua relação com a fauna.

A obra, que ficará no local até novembro, foi produzida em homenagem ao aniversário de Cora Coralina e visa resgatar as raízes goianas com foco na arquitetura, na cultura local e símbolos do bioma.

“As pessoas precisam entender que arte não serve só para agradar, ela serve para mandar um recado, ela serve para incomodar e levar a uma reflexão sobre produção capitalista e equilíbrio ambiental, o piche está integrado nisso tudo”, reforça Paulo Paiva.

Ocupação

A nova instalação faz parte do projeto “A Vila é nossa”, que tem o objetivo de promover a utilização do espaço, que é sede de diversos eventos e exposições de arte locais e nacionais. Já passaram pelo local paineis dos artistas goianos Santhiago Selon e Deneri.

A Vila Cultural Cora Coralina é unidade do Governo de Goiás vinculada à Secretaria de Estado da Cultura (Secult). A visitação pode ser realizada todos os dias, das 9h às 17h. A entrada é gratuita.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp