O Vila Nova tomou conhecimento hoje de uma decisão do juiz Kleber de Souza Waki, que bloqueia os valores de premiações recebidos e a receber pelo clube referentes a Copa do Brasil.
Com uma dívida em atraso no Tribunal do Trabalho no valor aproximado de 386 mil reais, o planejamento do Vila era de repassar 500 mil reais da última parcela do patrocínio da Caixa Econômica, referente a 2017, para sanar essa e outras dívidas. Porém, o banco se recusou a depositar o valor em juízo, alegando o não cumprimento de alguns critérios do contrato com o clube.
Em entrevista, a diretora jurídica do Vila Nova, Neliana Fraga, afirmou que o clube ainda tinha prazo para regularizar sua situação com a Caixa Econômica.
– A Caixa não passou no exato momento em que o juiz expediu a determinação, porque o Vila tem que cumprir algumas contra-partidas para que as parcelas sejam repassadas. O contrato da Caixa tem cláusulas confidenciais, então não posso detalhar aqui, mas havia algumas pendências da parte do clube que ainda não haviam sido sanadas, mas que estavam justamente aguardando esse valor da Copa do Brasil para que fossem sanadas – disse a diretora
O atraso de 386 mil reais são parte do acordo do Vila com o TRT para pagamento de dívidas trabalhistas. Segundo Neliana Fraga, o valor não foi pago por problemas financeiros vividos pelo clube.
– Ele [o acordo] não foi descumprido em sua integralidade, mesmo porque, são feitos bloqueios em todos os jogos do clube, a própria Federação encaminha esses valores. Então nós jamais deixamos de cumprir o acordo. Todavia, o débito passivo trabalhista do clube é alto, e esse valor não estava sendo suficiente. O clube, por questões de precariedade financeira, não conseguiu fazer os repasses regulares mensalmente – disse Neliana
Mesmo ainda não tendo sido intimado, ou seja, oficialmente comunicado da decisão judicial, o Vila Nova já se prepara para ainda hoje representar um recurso junto ao tribunal. Segundo Neliana, a falta de repasse da Caixa não influencia no fechamento de contrato de patrocínio para 2018.
