Em entrevista ao Diário do Estado, Vilmar Rocha, presidente do PSD, fala sobre o cenário político atual. Com as eleições de 2018 se aproximando, as opiniões começam a se definir, com divisões de esquerda e direita mais claras este ano.
Quanto aos pré-candidatos, para o presidente do PSD, o Partido dos Trabalhadores (PT), está “mantendo o discurso da candidatura do Lula como estratégia política de defesa. Eles sabem que ele não pode ser candidato. Como alguém que tá preso, que tá condenado, vai ser candidato?”
Ao ser questionado sobre o Jair Bolsonaro (PSL), pessoa com quem conviveu pessoalmente, ele é enfático ao dizer: “Eu convivi com ele 20 anos na Câmara. Meu Deus… Bolsonaro como presidente da República do Brasil? Não dá! Não é possível! Nada pessoal… mas ele está despreparado, ele não tem qualificação pra ser presidente do Brasil!”
Vilmar Rocha completa enfatizando que o eleitor do Jair Bolsonaro, hoje, é: “o eleitor que está desiludido. Mas na hora ‘H’ do voto, quem tiver o mínimo de responsabilidade e preocupação com o país, não vai fazer. Não tem como votar em alguém não vai ter capacidade de dialogo com a sociedade.”
Carreira
Com cinco mandatos ao todo em sua carreira na Câmara dos Deputados sendo um como deputado constituinte, Vilmar Rocha, possui base política em Goiás. Ex-deputado estadual por Goiás, atualmente é licenciado e secretário de Estado de Goiás. Natural de Niquelândia, o atual presidente do PSD se envolveu desde cedo em movimentos estudantis e também seguiu sua carreira profissional como advogado e professor universitário.
30 anos da CF
Em avaliação ao cenário político brasileiro atual, Vilmar Rocha acredita que houve um avanço grande em relação aos direitos do povo. Ele avalia esses 30 anos da Constituição com um “saldo positivo”. “O Brasil melhorou nesses 30 anos. Sobretudo nos direitos. A democracia se manteve. Essa crise de agora, é uma crise política mas ainda não chegou a ser institucional. Porém, ainda temos muito a melhorar”, revela o presidente.
Foro privilegiado
Em relação as últimas decisões tomadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), quanto ao foro privilegiado, o entrevistado fez duras críticas aos ministros da corte suprema. “Que bagunça! A decisão é abusiva, moldaram a constituição, isso é um abuso! Eles estão claramente legislando”, criticou.