Vingança teria levado pastor a cometer assassinato

Foto: Lucas Mendonça

A Polícia Civil apresentou na manhã dessa terça-feira (02) o pastor Alexandre de Souza e Silva, de 40 anos, que confessou ter assassinado a pastora Ailsa Regina Gonzaga, de 40 anos. O pastor revelou que, mesmo casado, era “perseguido” pela vítima e que ela o entregava, anonimamente, para a Polícia nas ocasiões em que ele era procurado. “Mesmo não sendo amiga dela no Whatsapp, ela não parava de me adicionar, tentando reatar o relacionamento e eu falava que não queria mais ficar com ela e gostava de outra pessoa”, revelou Alexandre.

O suspeito disse ainda que foi abordado por uma viatura da Polícia em Paracatu, Minas Gerais, que lhe mostrou fotos e o contato da vítima, que havia o denunciado por fugir do semiaberto. Alexandre depois foi para Brasília, Distrito Federal, onde diz ter sido abordado pela Polícia Federal para que mostrasse aonde enterrou o corpo de Ailsa.

O pastor revelou que a vítima teria o convidado para viajarem até Aragoiânia, interior de Goiás, para tentar resolver sua situação. Eles então teriam começado a discutir e a vítima que, segundo ele, tomava remédio controlado, havia consumido bebida alcoólica e carregava uma faca naquele dia. Ailsa teria o esfaqueado no pulso, quando ele tentou proteger o pescoço, e no braço direito, quando ele então tomou a arma da vítima e lhe proferiu um golpe. A vítima não foi enterrada, mas jogada do lado do local no qual aconteceu o crime, segundo o suspeito.

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Todo o crime foi planejado, segundo delegado Valdemir Pereira da Silva, e o suspeito já chegou a Goiânia com a intenção de matar a vítima. “Sabemos que, por conta da denúncia que levou a sua prisão em Paracatu, o Alexandre planejava vir até Goiânia para se vingar da pastora”, revela o delegado. A vítima levou um golpe de faca no pescoço, com o objetivo de ser fatal e o corpo foi encontrado pela PC encoberto com folhas e galhos de pau, demonstrando que o suspeito já havia premeditado todo o crime, ainda segundo Valdemir. “Agora vamos aguardar os laudos, ouvir mais cinco pessoas e o nosso objetivo é de em até 15 dias remeter o caso para o fórum”, finaliza.

Silvana Marta, prima e advogada de Alexandre.
Foto: Wilhan Lourenzo

A defesa de Alexandre diz ainda que, se houve crime, foi motivado por uma perseguição insistente. “Como prima e advogada dele, não vou abandoná-lo. Vamos nos ater a fazer acompanhamento dele como ser humano e dar apoio moral”, comenta a advogada do pastor Silvana Marta.

Altemio Junior, irmão de Ailsa.
Foto: Wilhan Lourenzo

Não havia nenhum histórico de remédio controlado ou consumo de bebidas alcoólicas para a família de Ailsa, segundo o irmão Altemio Junior. “Agora ela não está aqui para se defender. São os comentários dele contra o que sabemos. Não tenho nenhum conhecimento de que ela tomava remédio controlado. Conheço a minha irmã e ela também não bebia. Se ela fazia tanto mal para ele então por qual motivo deixou ela criar seus filhos? Como que um pai deixa seus dois filhos com uma pessoa que ele diz que bebe e toma remédio? É mentira atrás de mentira”, finaliza o irmão de Ailsa.

Alisa foi morta a facadas no mesmo dia em que desapareceu, em 08 de novembro, segundo relato do autor do crime para a PC, e sua motivação seria “problemas com ela”. Alexandre está temporariamente preso por 30 dias e também será autuado, em flagrante, por ocultação de cadáver.

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Torcedores jogam cabeça de porco em jogo de Corinthians x Palmeiras

Durante a vitória do Corinthians por 2 a 0 sobre o Palmeiras na Neo Química Arena, em São Paulo, um incidente chocante marcou o jogo. Torcedores do Corinthians lançaram uma cabeça de porco no campo, gerando grande controvérsia e indignação.

Segundo testemunhas, o incidente ocorreu começou antes do início do jogo, quando a cabeça de porco foi arremessada por um homem em uma sacola por cima das grandes do setor sul.

A Polícia Civil solicitou ao Corinthians o acesso às imagens da câmera de segurança para identificar todos os responsáveis pelo ato. Dois torcedores foram levados ao Juizado Especial Criminal (Jecrim) e, após depoimentos, foi proposto uma transação penal no valor de R$ 4 mil ao Ministério Público, mas eles não aceitaram e negaram ter participado do ato.

Um dos suspeitos da provocação foi identificado como Rafael Modilhane, que teria comprado e arquitetado o ataque ao time rival. Um vídeo compartilhado nas redes sociais mostra que o torcedor comprou o item em um açougue e mencionou o plano para jogar a cabeça no gramado.

“Sabe aquela cabeça de porco que postei mais cedo? Vocês vão ver o que vai acontecer com ela. A gente é louco mesmo. Se for para mexer com o psicológico de vocês [jogadores], nós vamos mexer.”, afirmou Modilhane.

Confira o vídeo:

Pelo artigo 201 da nova Lei Geral do Esporte, os torcedores envolvidos podem responder por “promover tumulto, praticar, incitar a violência e invadir local restrito aos competidores, com possível penas de até seis meses de prisão ou multa”. Cabe agora a decisão do Ministério Público se a denúncia será realizada ou voltará ao Drade para novas investigações.

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