Última atualização 03/01/2018 | 11:02
A Polícia Civil apresentou na manhã dessa terça-feira (02) o pastor Alexandre de Souza e Silva, de 40 anos, que confessou ter assassinado a pastora Ailsa Regina Gonzaga, de 40 anos. O pastor revelou que, mesmo casado, era “perseguido” pela vítima e que ela o entregava, anonimamente, para a Polícia nas ocasiões em que ele era procurado. “Mesmo não sendo amiga dela no Whatsapp, ela não parava de me adicionar, tentando reatar o relacionamento e eu falava que não queria mais ficar com ela e gostava de outra pessoa”, revelou Alexandre.
O suspeito disse ainda que foi abordado por uma viatura da Polícia em Paracatu, Minas Gerais, que lhe mostrou fotos e o contato da vítima, que havia o denunciado por fugir do semiaberto. Alexandre depois foi para Brasília, Distrito Federal, onde diz ter sido abordado pela Polícia Federal para que mostrasse aonde enterrou o corpo de Ailsa.
O pastor revelou que a vítima teria o convidado para viajarem até Aragoiânia, interior de Goiás, para tentar resolver sua situação. Eles então teriam começado a discutir e a vítima que, segundo ele, tomava remédio controlado, havia consumido bebida alcoólica e carregava uma faca naquele dia. Ailsa teria o esfaqueado no pulso, quando ele tentou proteger o pescoço, e no braço direito, quando ele então tomou a arma da vítima e lhe proferiu um golpe. A vítima não foi enterrada, mas jogada do lado do local no qual aconteceu o crime, segundo o suspeito.
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Todo o crime foi planejado, segundo delegado Valdemir Pereira da Silva, e o suspeito já chegou a Goiânia com a intenção de matar a vítima. “Sabemos que, por conta da denúncia que levou a sua prisão em Paracatu, o Alexandre planejava vir até Goiânia para se vingar da pastora”, revela o delegado. A vítima levou um golpe de faca no pescoço, com o objetivo de ser fatal e o corpo foi encontrado pela PC encoberto com folhas e galhos de pau, demonstrando que o suspeito já havia premeditado todo o crime, ainda segundo Valdemir. “Agora vamos aguardar os laudos, ouvir mais cinco pessoas e o nosso objetivo é de em até 15 dias remeter o caso para o fórum”, finaliza.
A defesa de Alexandre diz ainda que, se houve crime, foi motivado por uma perseguição insistente. “Como prima e advogada dele, não vou abandoná-lo. Vamos nos ater a fazer acompanhamento dele como ser humano e dar apoio moral”, comenta a advogada do pastor Silvana Marta.
Não havia nenhum histórico de remédio controlado ou consumo de bebidas alcoólicas para a família de Ailsa, segundo o irmão Altemio Junior. “Agora ela não está aqui para se defender. São os comentários dele contra o que sabemos. Não tenho nenhum conhecimento de que ela tomava remédio controlado. Conheço a minha irmã e ela também não bebia. Se ela fazia tanto mal para ele então por qual motivo deixou ela criar seus filhos? Como que um pai deixa seus dois filhos com uma pessoa que ele diz que bebe e toma remédio? É mentira atrás de mentira”, finaliza o irmão de Ailsa.
Alisa foi morta a facadas no mesmo dia em que desapareceu, em 08 de novembro, segundo relato do autor do crime para a PC, e sua motivação seria “problemas com ela”. Alexandre está temporariamente preso por 30 dias e também será autuado, em flagrante, por ocultação de cadáver.