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Vinho pode ter ação protetora contra Covid-19, mas cerveja aumenta o risco

Um estudo conduzido por uma equipe do Hospital Shenzhen Kangning (China) e do Southwest Hospital (EUA) contatou que o vinho pode proteger da Covid-19, enquanto a cerveja aumenta o risco de contágio. As descobertas foram publicadas na revista científica National Library of Medicine.

O estudo comparou o consumo de determinadas bebidas alcoólicas e o risco de contaminação por covid-19. Depois de avaliar os hábitos de 473.957 pessoas registradas no banco de dados, foi concluído pelos pesquisadores que o consumo de cerveja e cidra aumenta o risco de infecção do vírus em 28%.

Da mesma forma, o alto consumo de destilados também mostrou relação com o risco de contrair a doença. Por outro lado, o estudo mostra que o alto consumo de vinho tinto, vinho branco e champagne (um a quatro vezes por semana) pareceu levar um risco 8% menor de contrair a covid-19. Já os consumidores de vinho fortificado se depararam com um risco 12% menor de infecção.

“O consumo de cerveja e cidra não é recomendado durante as epidemias. As orientações de saúde pública devem se concentrar na redução do risco de covid-19, defendendo hábitos de vida saudáveis e políticas preferenciais entre os consumidores de cerveja e cidra”, conclui o estudo.

A proteção encontrada no vinho foi associada a alto teor de polifenóis (composto orgânico presente em várias plantas e frutas, como uvas, sob permissa de protegê-las contra insetos, radiação ultravioleta e infecções microbianas). Segundo o estudo, o vinho poderia inibir o efeito do vírus causadores da gripe e infecções relacionadas ao trato respiratório.