No Distrito Federal, foram registradas 2.322 ocorrências relacionadas à Lei Maria da Penha nos primeiros 40 dias de 2025. Esses dados foram obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI) e correspondem ao período entre 1º de janeiro e 11 de fevereiro. Em 2024, o DE contabilizou 21.716 ocorrências de vítimas que buscaram amparo na Lei Maria da Penha. Já em 2023, a Polícia Civil do DE registrou 20.773 casos envolvendo a violência contra as mulheres.

A Lei Maria da Penha, sancionada em 2006, tem como propósito principal combater a violência doméstica e familiar contra as mulheres no Brasil. Por meio dessa legislação, são estabelecidas medidas para proteger as vítimas, como a criação de juizados especiais de violência doméstica, a concessão de medidas protetivas de urgência e a garantia de assistência às mulheres agredidas.

Ceilândia desponta como a região administrativa com o maior número de ocorrências nos primeiros 40 dias de 2025, seguida por Planaltina e Samambaia. Em Ceilândia, foram registrados 343 casos, enquanto Planaltina e Samambaia contabilizaram 211 e 164 casos, respectivamente.

O perfil das vítimas de violência no DE revela que a maioria é composta por mulheres entre 25 e 30 anos de idade. Em 2024, das 21.716 ocorrências registradas, 8.679 vítimas se enquadravam nessa faixa etária. Na maioria dos casos, as mulheres são agredidas por ex-companheiros ou atuais cônjuges.

Para denunciar casos de violência contra a mulher, existem diferentes canais disponíveis. O número 180 é gratuito e o site da Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos do Governo Federal oferece suporte para denúncias. O aplicativo Direitos Humanos Brasil também é uma opção, assim como o telefone de emergência 190 da Polícia Militar. Além disso, é indicado registrar a ocorrência em uma delegacia, preferencialmente nas Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher (Deam) e buscar contato com os Centros de Referência da Mulher para suporte psicológico, orientação jurídica e acolhimento.

O serviço Ligue 180, dedicado a denúncias de violência contra a mulher, passou recentemente por reestruturação. É fundamental que as vítimas estejam cientes dos canais de suporte disponíveis para buscar ajuda e proteção. No DE, a conscientização sobre a violência de gênero e a importância do combate a esse tipo de crime se fazem necessárias para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Continue acompanhando as notícias da região no DE para ficar por dentro do cenário local.