A violência contra as mulheres continua a ser uma realidade chocante e brutal em nossa sociedade. O caso de Sther Barroso dos Santos, de 22 anos, que foi espancada até a morte após se recusar a sair com um traficante em um baile funk na comunidade da Coreia, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, é um exemplo alarmante do que muitas mulheres enfrentam diariamente. Segundo os parentes da jovem, o corpo de Sther chegou desfigurado ao Instituto Médico-Legal (IML), tornando necessário o pagamento de cerca de R$ 2 mil para reconstruir seu rosto a fim de permitir um velório com o caixão aberto.
A dor e a revolta da família de Sther foram evidentes durante o velório, realizado no Cemitério Ricardo de Albuquerque, na Zona Norte do Rio. A irmã da vítima fez um emocionado desabafo, ressaltando que o não é não e que o estuprador da jovem tirou sua vida de forma cruel e covarde. A mãe de Sther também clamou por justiça, relembrando a agonia da noite em que sua filha foi brutalmente assassinada. Sonhos que foram interrompidos, uma vida cheia de conquistas e projetos futuros que foram abruptamente encerrados pela violência.
Além da dor e do luto, a família de Sther enfrenta ameaças do traficante conhecido como Coronel, apontado como mandante do crime. A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) está investigando o assassinato, revelando o extenso histórico criminal de Coronel, que inclui tráfico de drogas, roubo, homicídio e formação de quadrilha. Integrante do Terceiro Comando Puro (TCP), ele é descrito como um frequentador de bailes funk nas comunidades da Coreia e Vila Aliança, áreas dominadas por facções criminosas.
A narrativa brutal e chocante da morte de Sther Barroso dos Santos traz à tona a urgência de combater a violência contra as mulheres em todas as suas formas. É fundamental que a sociedade se una para exigir justiça e segurança para que tragédias como essa não se repitam. O caso de Sther é mais uma trágica lembrança de como a violência de gênero continua a ceifar vidas e destruir famílias, deixando um rastro de dor e sofrimento. Que a memória de Sther seja honrada e que sua morte não seja em vão, mas sim um lembrete do trabalho árduo que ainda precisa ser feito para proteger as mulheres de atos de violência tão cruéis e inaceitáveis. Justiça por Sther e por todas as vítimas de violência de gênero.