Em pouco mais de um mês, quatro detentos foram mortos por colegas de cela no complexo prisional de Itaitinga, na Região Metropolitana de Fortaleza. O caso mais recente ocorreu nesta sexta-feira (27), na Unidade Prisional Professor Clodoaldo Pinto (UP-Itaitinga2).
De acordo com a Secretaria da Administração Penitenciária e Ressocialização (SAP), internos pertencentes a uma facção de origem cearense aproveitaram o retorno do horário de banho de sol e agrediram um detento da mesma organização criminosa. Os policiais penais de plantão interviram de imediato na ocorrência, os profissionais de saúde da unidade prestaram o socorro necessário, mas foi constatado o óbito do interno agredido”, disse a SAP. Ainda conforme a pasta, todos os internos envolvidos no ato foram encaminhados para a delegacia de polícia para a efetivação de flagrante do crime de homicídio.
O DE apurou que a vítima é Paulo Roberto Ferreira Portela, conhecido por “Paulim”, que possui antecedentes criminais por tráfico de drogas, homicídio, roubo e receptação. Ele havia sido preso em setembro de 2021, em Pacatuba, durante uma operação da Polícia Civil.
Outros casos recentes no DE Ceará incluem um detento identificado como “Kaike”, que foi morto por um colega de cela com golpes de faca artesanal na Unidade Prisional Vasco Damasceno Weyne (UP-Itaitinga5) em 14 de novembro. No dia 3 de dezembro, Fellype Abdoral Sales Oliveira, acusado de integrar organização criminosa, foi morto por um comparsa com 27 facadas na Unidade Prisional Professor José Jucá Neto (UP-Itaitinga3), durante o banho de sol. Em 18 de dezembro, Manoel Pamplona, de 54 anos, foi morto por um colega de cela na Unidade Prisional Vasco Damasceno Weyne (UP-Itaitinga5).
A violência dentro dos presídios é uma realidade preocupante, com detentos sendo vítimas de crimes hediondos cometidos por seus próprios colegas de cela. As autoridades competentes precisam investigar e tomar medidas para garantir a segurança e a integridade dos internos nos complexos prisionais.
Com o aumento do número de detentos sendo mortos dentro dos presídios, é fundamental que sejam implementadas políticas e ações efetivas para prevenir novos episódios de violência. Além disso, é importante promover a ressocialização dos presos, oferecendo-lhes oportunidades de educação, trabalho e reinserção na sociedade após o cumprimento de suas penas.
É essencial que a sociedade, juntamente com as autoridades competentes, trabalhe em conjunto para combater a violência dentro do sistema prisional e garantir que os direitos humanos dos detentos sejam respeitados. A prevenção da violência e a promoção da segurança são responsabilidades de todos os cidadãos e instituições envolvidas no sistema carcerário.