Violência no Carnaval de Rio Pomba: facções cariocas aumentam insegurança em Minas Gerais

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A cidade de Rio Pomba, conhecida por suas festas animadas durante o carnaval, foi palco de um cenário de violência chocante em março. Durante os festejos, uma guerra entre facções criminosas ligadas ao Comando Vermelho (CV) e ao Terceiro Comando Puro (TCP) resultou em 15 pessoas baleadas e uma vítima fatal, uma mulher de 25 anos atingida por um tiro no pescoço. O clima festivo que era registrado em vídeos e fotos nas redes sociais deu lugar ao terror, com pessoas feridas e aguardando atendimento médico nas ruas.

A tentativa de isolar chefes do tráfico em presídios federais abriu espaço para a aproximação de traficantes de diferentes estados, o que permitiu a expansão do crime organizado em Minas Gerais. A presença crescente de traficantes fluminenses no estado tem contribuído para a escalada da violência, como evidenciado pelo tiroteio durante o carnaval em Rio Pomba. A polícia militar agiu rapidamente após o crime, capturando dois suspeitos que estavam envolvidos com uma facção local e foram flagrados vendendo drogas na cidade durante os festejos.

As alianças entre facções locais e grupos do Rio de Janeiro têm se mostrado cada vez mais comuns em Minas Gerais. A chegada do Comando Vermelho e do Terceiro Comando Puro tem gerado insegurança e instabilidade em cidades como Juiz de Fora, Muriaé, Ouro Preto e Belo Horizonte, onde as mortes decorrentes do tráfico têm se tornado mais frequentes e cruéis. A lavagem de dinheiro e o controle de territórios por essas facções têm sido alvo de megaoperações policiais, revelando a dimensão do problema na região.

Segundo autoridades locais, os traficantes em Minas estão cada vez mais imitando as práticas violentas e agressivas dos traficantes cariocas, com esquartejamentos, decapitações e torturas se tornando comuns. Facções como o TCP têm expandido seu domínio em comunidades mineiras, em paralelo ao enfrentamento contra o avanço do CV na região. A presença de líderes como Rafael Carlos da Silva Ferreira, conhecido como Parazão, que chefia o Morro da Mineira no Rio, demonstra a complexidade e a interligação do crime organizado entre os dois estados.

A aproximação de traficantes de diferentes estados, aliada à busca de expansão de territórios e controle de rotas, tem contribuído para um cenário de violência crescente e desafiador em Minas Gerais. As autoridades locais têm intensificado esforços para combater o tráfico de drogas e as facções criminosas, com a prisão de centenas de traficantes nos últimos anos. A insegurança gerada pela presença do tráfico fluminense tem impactado diversas cidades do estado, exigindo medidas firmes e eficazes para conter a violência e proteger a população.

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