Violência no Complexo do Chapadão: aumento alarmante preocupa autoridades e população no Rio de Janeiro

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O aumento da violência nas regiões do Rio de Janeiro, como o Complexo do Chapadão, tem sido alarmante nos últimos anos. Recentemente, um subtenente da Polícia Militar foi assassinado durante uma operação para coibir a circulação de criminosos nessa área da Zona Norte. Encravados entre vários bairros, incluindo Costa Barros, Ricardo de Albuquerque e Pavuna, os Complexos do Chapadão e da Pedreira são dominados por facções rivais em constante disputa por território. Essa disputa tem levado a um aumento significativo nos índices de criminalidade, como o roubo de cargas, que teve um aumento de 250% na área da 31ª DP (Ricardo de Albuquerque) nos primeiros sete meses de 2025 em comparação com o mesmo período do ano anterior.

De acordo com o Instituto de Segurança Pública (ISP), o roubo de cargas tem sido um dos crimes mais impactados por essa violência crescente. Entre janeiro e julho de 2025, foram registrados 63 casos desse tipo na área da 31ª DP, contra apenas 18 no mesmo período de 2024. Além disso, o roubo de veículos também teve um aumento de 39% na comparação entre os dois anos. Esses números alarmantes refletem a situação de insegurança que tanto os moradores quanto as autoridades enfrentam nesses territórios dominados pelo crime organizado.

O subtenente Anderson de Souza Figueira, que fazia parte do 41º BPM (Irajá), foi mais uma vítima dessa violência. Durante a operação no Complexo do Chapadão, ele foi atingido por três tiros e não resistiu aos ferimentos. Esse triste episódio evidencia o alto preço que os agentes de segurança pagam diariamente na luta contra o crime no Rio de Janeiro. Esse foi o 37º policial militar assassinado em 2025, igualando o total de PMs mortos em todo o ano anterior.

Além do subtenente Figueira, outros dois homens foram baleados durante os confrontos na região. Durante a operação, os criminosos chegaram a sequestrar dois ônibus para utilizá-los como barricadas, evidenciando o nível de violência e desrespeito às leis. Em decorrência desses eventos, diversas escolas e unidades de saúde na região precisaram fechar temporariamente, impactando a rotina e a segurança da população local.

A Polícia Militar segue empenhada em reprimir o crime nessas áreas de alto índice de violência, mas os desafios são grandes e as perdas são frequentes. O assassinato do subtenente Figueira está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital, e a Secretaria de Estado de Polícia Militar lamentou profundamente sua morte. A segurança pública no Rio de Janeiro enfrenta um cenário complexo, que demanda ações integradas e eficazes para enfrentar o crime organizado e garantir a proteção da população e dos agentes que arriscam suas vidas diariamente nessa batalha.

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