Thiago Stabile, sócio de Virgínia na WePink, afirmou em um vídeo que a alta demanda pela empresa resultou em problemas de abastecimento. Esse vídeo foi utilizado pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) em uma ação que alega práticas abusivas por parte da empresa. Com 120 mil reclamações registradas em menos de 2 anos, a WePink vem sendo alvo de críticas por não conseguir atender adequadamente aos pedidos dos consumidores.
Stabile mencionou no vídeo que a empresa experimentou um aumento significativo nas vendas, pulando de 200 mil para 400 mil por mês. No entanto, o crescimento rápido resultou em problemas de abastecimento de matérias-primas, ocasionando atrasos. O MP aponta falta de ética empresarial e intenção deliberada nas vendas em massa, evidenciando que a empresa admitiu publicamente a falta de matéria-prima para atender à demanda.
O Ministério Público destaca que a estratégia de ofertas-relâmpago da WePink leva à compra impulsiva e explora a vulnerabilidade psicológica dos consumidores. A utilização da imagem de Virgínia em suas campanhas pode agravar essa situação, uma vez que milhares de seguidores confiam em sua recomendação. A promotoria enfatiza que a empresa enfrenta não apenas reclamações por falta de entrega, mas também dificuldades no reembolso e atendimento pós-venda precário.
Além disso, o MP informa que a WePink já acumulou 30 mil reclamações em 2025 até o momento da ação, em comparação com 90 mil reclamações no ano anterior. Esse número pode chegar a 300 mil consumidores, considerando aqueles que não formalizaram reclamações. Práticas abusivas, como falhas na entrega, descumprimento de prazos, dificuldade de reembolso, atendimento deficiente, exclusão de críticas e produtos com defeito, foram listadas na ação movida pelo MP.
A empresa foi autuada pelo Procon por anunciar e vender produtos em todo o Brasil sem cumprir os prazos de entrega. Vídeos ao vivo nas redes sociais com influenciadores promovendo produtos a preços vantajosos foram realizados, mesmo diante de inúmeras reclamações de consumidores. A defesa da WePink destacou que a empresa não foi notificada corretamente pelo Procon e que apresentou defesa quando recebeu a segunda notificação, ressaltando que os atrasos frequentes não são mais uma realidade.
Em resposta às acusações, a WePink afirmou que a situação será esclarecida junto ao Procon nos próximos dias. A empresa enfatiza que atualmente não enfrenta mais problemas de atrasos frequentes, tendo uma boa classificação no Reclame Aqui. A defesa da empresa contesta a falta de apresentação de defesa e fornece provas da documentação enviada ao Procon. A expectativa é que todos os assuntos sejam resolvidos de forma satisfatória nos próximos dias.