Vítima da Covid-19, padre Jesus Flores morre em Goiânia

Na noite deste sábado (11), o Padre Jesus Flores, de 88 anos, morreu em decorrência da Covid-19. O religioso estava internado na UTI do hospital de Goiânia, em estado gravíssimo. O padre já havia tomado as  duas doses da vacina contra a doença, mas tinha problemas cardíacos. Ele era sacerdote há 62 anos e também atuava como jornalista.

Além do padre Jesus Flores, outros quatro padres que convivem na casa paroquial do Santuário Basílica de Trindade, também estão com coronavírus. Eles ainda estão em recuperação, a maioria com sintomas leves.

Em um comunicado nas redes sociais, a Associação Filhos do Pai Eterno e o Santuário Basílica lamentaram o falecimento e disseram que Jesus Flores “se tornou uma figura de destaque na evangelização e na divulgação da devoção ao Divino Pai Eterno”.

Jesus Flores nasceu em 11 de março de 1933, e se tornou padre em janeiro de 1959. Na comunicação, o padre trabalhou na Rádio Difusora e na TV Pai Eterno. O prefeito de trindade, Marden Júnior, decretou luto oficial de três dias na cidade, conhecida como Capital da Fé.

O governador do estado, Ronaldo Caiado divulgou uma mensagem de pesar pela morte do sacerdote. “Padre Jesus Flores se constituiu, ao longo de décadas, como referência nas análises das conjunturas políticas em nível local e nacional, sendo muito respeitado por suas opiniões imparciais, lúcidas, equilibradas e com grande conhecimento dos temas avaliados”, disse. Ronaldo Caiado também decretou luto oficial de três dias.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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