Vítima de Felipe Prior detalha violência sofrida: “Sempre vai ser uma ferida aberta”

Vítima de Felipe Prior detalha violência sofrida: “Sempre vai ser uma ferida aberta”

Depois de Felipe Prior ser condenado a 6 anos de prisão, em regime semiaberto, por estupro. Uma mulher vítima do arquiteto, relatou sobre o ocorrido e o que motivou a denunciá-lo, durante uma entrevista ao Fantástico, neste último domingo, 16. Ela relatou que procurou a polícia após descobrir que outras mulheres também haviam sido vítimas do ex-BBB.

A arquiteta de 21 anos, que não teve a identidade revelada, relatou que “sempre vai ser uma ferida aberta”.

Segundo informações da vítima, Prior ofereceu carona a ela e uma amiga após uma festa da universidade, Na época, no dia 8 de agosto de 2014, a mulher tinha 22 anos de idade.

A estudante e a amiga aceitaram a carona, Felipe Prior deixou a amiga da vítima primeiro, logo após os dois ficaram sozinhos no carro. O arquiteto parou carro no meio da rua e começou a beijar vítima, em seguida puxou a estudante para o banco de trás e começou a tirar a roupa dela e a violentou. O ex-BBB só suspendeu o ato quando notou uma poça de sangue, formada em decorrência de uma fissura na parte íntima da arquiteta.

Ela foi ao hospital acompanhada da mãe, mas não denunciou porque estava com vergonha. “Eu fui escondendo isso de mim mesma, evitando lidar com essa situação… Eu achava que ia conseguir apagar isso da minha vida, mas isso não aconteceu”, disse a vítima.

A arquiteta conseguiu perceber o que de fato tinha acontecido em 2017, quando ocorria o movimento Me Too. “Consegui conversar com minhas amigas sobre isso. Foi quando realmente caiu ficha que não era minha culpa, e que ele tinha me estuprado” revelou.

Em 2020, quando Felipe Prior apareceu na TV, como um dos participantes do BBB, mulher ficou assustada. “Eu tive uma crise de ansiedade nesse dia. Vi o rosto dele pela primeira vez em muitos anos. Eu só decidi denunciar tudo o que aconteceu depois que eu comecei a receber das minhas amigas prints de tweets de outras mulheres falando que tinham sido abusadas e violentadas por eles”, informou.

Existem outras três denúncias contra ele. Nos outros dois caso as investigações ainda estão sendo feitas.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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