Vítimas de acidente na Castelo Branco têm risco de morte e de ficar paraplégicas

Castelo Branco

As vítimas do capotamento na Avenida Castelo Branco, em Goiânia, seguem internadas em estado grave no Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol). O acidente que ocorreu nesta quarta-feira, 27, deixou três pessoas feridas, sendo o motorista e outros dois ocupantes. 

Solene Vitória Santos Brito, de 18 anos, ficou presa às ferragens, já Marcos Vinicius Moreira Lopes, de 22 anos, acabou sendo arremessado do veículo. O jovem, inclusive, pode morrer a qualquer momento. A mulher, por outro lado, deve ficar paraplégica, conforme a delegada Érika Botrel. O condutor do veículo segue foragido.

“Uma das vítimas pode acabar morrendo, já a outra é quase certeza que ficará paraplégica. Em relação ao condutor, não vamos falar sobre o assunto até que o caso seja encerrado, para não atrapalhar as investigações”, explicou.

Em nota, o Hugol disse que Solene está com estado geral de saúde regular, consciente e respirando espontaneamente. Vinicius, por outro lado, está com o estado geral de saúde grave, respirando com ajuda de aparelhos.

Acidente na Castelo Branco

Segundo a Delegacia de Investigação de Crimes de Trânsito (Dict), o condutor do carro perdeu o controle da direção ao passar pelo cruzamento com a Avenida Castelo Branco. Em seguida, desviou o veículo para a direita e subiu na calçada, batendo em tocos de madeira que estavam fixados no chão. Por último, o carro capotou e parou no meio da pista, com as rodas para cima.

O Corpo de Bombeiros e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foram acionados e levaram os dois passageiros para o hospital, ambos em estado grave. O condutor do veículo, que ainda não foi identificado, não teve lesões graves e fugiu do local enquanto as vítimas eram socorridas. 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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